Para falar sobre a famosa pedra na vesícula, é preciso diferenciar cálculo biliar e colecistite aguda. Os cálculos biliares são “pedras” que se alojam na vesícula e podem – ou não – migrar para as vias biliares, provocando a cólica. “Essas pedras se formam por alterações da consistência da bile, havendo precipitação dos elementos que estão em excesso. Se uma dessas pedras tentar sair da vesícula para o canal da bile, ocorrerá a cólica biliar, pois o órgão terá que se contrair mais do que o normal para fazer a pedra descer pelo canal”, explica o gastroenterologista Silvio Gabor. Já a colecistite é uma infecção da vesícula biliar, que pode ser aguda ou crônica.
Principais sintomas da pedra na vesícula
“O sintoma mais evidente da pedra na vesícula é a dor ou a cólica na zina do estômago ou debaixo das costelas à direita, podendo estender-se para o lado esquerdo, costas, peito ou restante do abdome”, diz o clínico geral Luiz Roberto Fernandes. A dor pode surgir subitamente, causando náuseas, vômitos e intenso mal-estar, e tende a durar minutos ou horas. “A dor vai aumentando durante 15 a 30 minutos, e depois tende a diminuir gradativamente”, completa a gastroenterologista Estela Monteiro.
Como é feito o diagnóstico?
Primeiramente, o médico faz um exame clínico, analisando o histórico do paciente e possíveis antecedentes de dor. “A ultrassonografia abdominal mostra a presença de pedra na vesícula, confirmando as cólicas biliares”, comenta Silvio.
Cuide de você!
Ainda não se sabe cientificamente como o cálculo biliar é formado. Há quem defenda que uma das maneiras de prevenir o problema é ingerir bastante água durante o dia e investir em uma alimentação leve e saudável. Evitar gordura animal também é recomendado. Pessoas com idade avançada, com histórico de alcoolismo ou diabéticas devem ficar alertas, pois têm mais tendência de sofrer com essas cólicas. Em casos de pedra na vesícula, a cirurgia é o tratamento mais adequado e deve ser feita o quanto antes.
Consultoria Estela Monteiro e Silvio Gabor, gastroenterologistas; Luiz Roberto Fernandes, clínico geral
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