Parkinson e seu desenvolvimento: conheça os estágios da doença

Caracterizado como uma doença neurodegenerativa, o seu avanço é gradual. Entenda mais sobre o Parkinson e seu desenvolvimento

- O Parkinson é uma doença neurodegenerativa que aparece nos idosos e prejudica a realização das suas atividade diárias. FOTO: Shutterstock.com

O Parkinson é uma doença crônica e progressiva causada pela degeneração e morte dos neurônios que produzem a dopamina, provocando uma queda de sua quantidade no organismo. Esse neurotransmissor é responsável pela transmissão de impulsos nervosos entre as células nervosas que controlam os movimentos e a coordenação do corpo humano. “Entre os sintomas motores, estão o tremor em repouso, lentidão, rigidez muscular, desequilíbrio, dificuldade em engolir e alteração na fala e na escrita. Os não-motores são dificuldade para dormir, depressão, apatia, ansiedade, pensamento demorado ou perda de memória, constipação e perda do olfato”, explica Marco Petti, diretor médico da Teva. Saiba mais sobre o Parkinson e seu desenvolvimento.

Os cinco estágios

Alguns especialistas classificam a doença, quanto à sua progressão, em cinco estágios. Entenda.

Primeiro estágio: é também o mais leve. O paciente pode até apresentar sintomas, mas nenhum grave o suficiente para interferir com tarefas diárias nem com o estilo de vida. É por isso que, nessa fase, é comum nem perceber os sinais. Mas a família e os amigos podem notar alterações na postura, no andar ou nas expressões faciais da pessoa. No primeiro estágio, os tremores e outras dificuldades de movimentos costumam ser exclusividade de um dos lados do corpo. As manifestações podem ser reduzidas com a prescrição de medicamentos.

Segundo estágio: durante o segundo estágio, os sintomas são mais expressivos: rigidez e tremores ficam mais evidentes, podendo ocorrer mudanças em expressões faciais, na postura e dificuldades em andar. O paciente sente os sintomas nos dois lados do corpo e pode ter problemas de fala. Grande parte das pessoas nessa fase têm independência, apesar de perceberem que algumas atividades passam a demandar mais tempo do que antes.

O Parkinson também pode prejudicar as funções do intestino, o sono e a capacidade cognitiva. FOTO: Shutterstock.com

Terceiro estágio: um ponto significativo no avanço da doença é o terceiro estágio. Os sintomas são os mesmos da fase anterior, incluindo perda de equilíbrio e reflexos diminuídos. Os movimentos ficam mais lentos, de uma forma geral, e como consequência, aumenta a frequência de quedas. As tarefas cotidianas são afetadas pelo Parkinson, mas os pacientes ainda são capazes de completá-las.

Quarto estágio: no quarto estágio, o paciente consegue ficar em pé sozinho, mas locomover-se requer a ajuda de um andador ou outro equipamento. Muitas pessoas não conseguem viver sozinhas a partir dessa fase, por conta da diminuição significativa de movimento e tempo de reação. Algumas atividades diárias se tornam impossíveis ou até perigosas.

Quinto estágio: por fim, esse é o mais avançado e debilitante da doença de Parkinson. A rigidez agravada das pernas pode fazer com que elas paralisem quando a pessoa está em pé, tornando impossível que ela se sustente nesta posição ou ande. Para evitar quedas, é essencial que o paciente use uma cadeira de rodas e tenha assistência 24 horas por dia. Outros sintomas comuns são alucinações – quando a pessoa vê coisas que não existem – e ilusões – quando não acredita que algo é mentira, mesmo recebendo provas de que sua crença é errada.

Como diagnosticar

Assim como acontece com o Alzheimer, o diagnóstico da doença é clínico, feito por um neurologista. Não existem exames específicos para identificar da doença, e o médico irá avaliar o histórico do paciente e seus sinais e sintomas, além de realizar um exame neurológico e físico, para descartar outras possibilidades. “Em alguns casos, o médico poderá solicitar um acompanhamento com consultas regulares com neurologistas especialistas em distúrbios do movimento para avaliar a condição do paciente e os sintomas ao longo do tempo para, só aí, diagnosticar ou não a doença de Parkinson”, finaliza Marco.

 

Texto: Laís Rodrigues | Consultoria: Marco Petti, diretor médico da Teva

 

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