Recentemente, a Polícia Federal (PF) levantou uma questão importante: a procedência e a qualidade das carnes consumidas pelos brasileiros. A operação Carne Fraca revelou que mais de 40 empresas do setor alimentício utilizam ingredientes prejudiciais à saúde no processamento de seus produtos. A partir daí, os internautas não perderam tempo e soltaram a criatividade na hora de fazer memes, levando às discussões em vários âmbitos da sociedade.
Apesar de algumas empresas investigadas realmente usarem substâncias perigosas, nem tudo o que foi compartilhado é tão real assim. Especialistas afirmam que a divulgação da operação Carne Fraca foi um pouco equivocada, já que causou um desespero desnecessário à população. Isso porque algumas substâncias passaram a ser vistas como verdadeiras vilãs, sendo que, na verdade, é preciso utilizá-las na fabricação das carnes, respeitando a dosagem permitida.
Esse é o caso do ácido ascórbico (também conhecido popularmente como vitamina C) que, quando usado em quantidades moderadas e dentro da lei, ajuda a evitar a deterioração das carnes. Porém, a acusação é que as empresas exageram na dose, colocando a saúde dos consumidores em risco. “Eles usam ácidos e outros ingredientes químicos em quantidades muito superiores à permitida por lei para poder maquiar o aspecto físico do alimento estragado ou com mau cheiro”, disse o delegado da PF, Maurício Moscardi Grillo, em entrevista coletiva.
É preciso ter bastante cuidado para não “demonizar” substâncias e métodos necessários no processamento das carnes. Para se ter uma ideia, o ácido ascórbico é usado em empresas do mundo inteiro e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa substância pode causar problemas como cálculos renais e distúrbios gastrointestinais quando consumida em excesso e por um longo período, mas, ao contrário do que passou a ser noticiado, não existe relação direta entre ela e o câncer, por exemplo. Então, a grande questão é ter consciência e respeitar os limites impostos pela legislação.
Depois de todo o escândalo envolvendo a operação Carne Fraca, os brasileiros e várias pessoas de outros países passaram a ter receio das carnes produzidas por aqui (Chile, Hong Kong e Egito suspenderam temporariamente a compra de carnes brasileiras, e a Suíça vai barrar a entrada de carnes produzidas pelas empresas apontadas pela PF).
Mesmo o sentimento sendo de impotência, ainda é possível tentar se proteger de alimentos estragados e cheios de substâncias perigosas. Pensando nisso, listamos uma série de dicas práticas com o intuito de ser possível escolher carnes frescas e saudáveis. Que tal conferir?
Veja dicas de como escolher a carne e de como conservá-la
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