Depois de trabalhar a vida inteira, o que a maioria das pessoas deseja é poder descansar e aproveitar a vida de aposentado: uma cadeira de balanço na frente da televisão, sem se preocupar com grandes despesas, pois conseguiu quitar as principais dívidas e alcançou os objetivos traçados desde o começo da vida adulta. Porém, esse cenário confortável não existe para alguns brasileiros, que precisam lidar com a desvalorização da previdência social ou com o aumento de despesas em consultas médicas e remédios. Ou mesmo para aqueles que não se planejaram.
Em dia com a previdência
Segundo Pedro Braggio, é importante contribuir para a previdência social. Contudo, “não devemos apenas esperar por essa aposentadoria pois, com o tempo fica muito defasada e não atende às necessidades financeiras da pessoa ou do casal”, explica. Por outro lado, a previdência privada pode ser interessante para os indivíduos que conseguem manter o dinheiro “parado” por, pelo menos, 15 anos. Caso contrário, segundo o especialista, torna-se inviável. “Se não tem a certeza de que conseguirá deixar por todo esse tempo, é melhor fazer a sua própria poupança e depois migrar para outros investimentos”, recomenda.
Outras opções
Há várias opções de rendimentos na aposentadoria, mas todas exigem planejamento. Confira algumas delas e seus riscos:
1. Comprar imóveis e viver da renda obtida por meio do aluguel. Mesmo assim, é preciso tomar cuidado com os inquilinos inadimplentes;
2. Adquirir produtos de investimento de renda fixa (em instituições financeiras) e garantir o salário a partir do valor dos juros;
3. Unir os pagamentos da previdência social e da privada para aumentar a renda;
4. Guardar o dinheiro na poupança e utilizar ao longo dos anos. No entanto, é necessário fazer os cálculos sobre a expectativa de vida e ter em mente que o valor do rendimento é baixo;
5. Investir em ações da bolsa de valores. Nesse caso, a dificuldade está em conhecer a lógica do mercado e enfrentar os altos riscos das quedas dos preços;
6. Abrir o próprio negócio. Apesar da autonomia e da possibilidade de deixá-lo como herança para os filhos, há o risco de não prosperar e ter que arcar com a alta carga de impostos.
Planejamento
O fato é que não faltam alternativas para alcançar uma vida confortável no futuro ou para realizar seus sonhos. Entretanto, tudo dependerá do seu planejamento e de qual quantia do seu salário está disposto a abrir mão agora, tendo em vista um objetivo muito maior.
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Consultoria: Pedro Braggio, educador e treinador financeiro, graduado em Ciências
Texto: Érica Aguiar – Edição: Natália Negretti