Engana-se quem pensa que o bebê no útero está protegido contra estímulos exteriores. A partir de 25ª semana de gestação, ele já consegue identificar vozes e sentir a vibração dos sons. Assim, a musicoterapia potencializa seu desenvolvimento físico, emocional e intelectual, fazendo com que ele estabeleça laços de afeto ainda na barriga da mamãe. Malu conversou com Domingos Mantelli, que defende essa prática na gestação e até mesmo durante o parto.
Música x bebês
A musicoterapia funciona da seguinte maneira: durante a gestação, a mãe é orientada pelo médico a usar uma música que contribua para o relaxamento do bebê, criando um vínculo emocional. “Sempre que o bebê escutar aquela música, lembrará de coisas boas, de um ambiente seguro e acolhedor, que encontrou na vida uterina”, explica Mantelli. Assim, no momento do parto, a mesma música é tocada, o que ameniza o trauma do nascimento. “O bebê, ouvindo a música, sentirá que está fazendo algo relaxante. Logo em seguida, irá para o peito da mãe”, comenta.
Benefícios da musicoterapia ao bebê
“Com a musicoterapia, o bebê não sentirá o desligamento, o nascimento, essa fase de transição. A música despertará nele a tranquilidade e conforto. Chamamos essa técnica de humanização do parto, que também é uma maneira de amenizar os traumas emocionais causados pelo nascimento. Psicologicamente falando, essa fase é considerada uma entre os maiores traumas que temos na vida”, reforça o médico.
Escolha da música
A vibração do som tem relação direta com o emocional do bebê, então, o médico explica que não se pode escolher qualquer música. “Geralmente, as clássicas, como Mozart, tem capacidade melhor de integração entre os hemisférios cerebrais: esquerdo e direito. Rock e heavy metal, por exemplo, possuem entonação forte e vibração intensa. Essas não são indicadas para fazer sessões com o bebê”, aconselha Mantelli.
Após o parto
A mamãe pode continuar ouvindo as mesmas músicas do período da gestação. “Inclusive, quando o bebê estiver muito agitado e com cólicas, o ideal é colocar a mesma música para que ele se acalme”, explica o médico. Assim que tiver contato com o som, a criança se lembrará da segurança da vida uterina, ficando mais tranquilo e confortável.
Texto: Redação Alto Astral
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