Maternidade tardia sempre foi um tabu, mas agora não é mais!

Ao contrário do que muitos acreditam, a maternidade tardia não faz mal para a saúde e pode trazer benefícios tanto para as mães quanto para os filhos

- Maternidade tardia não faz tão mal para a saúde como estudos mostravam. FOTO: Shutterstock

“O relógio biológico está apitando, hein!”. Essa é uma entre muitas das frases que mulheres mais velhas, e que não tiveram seu primeiro filho, escutam. A maternidade tardia sempre foi alvo de estudos científicos, dizendo que gestações a partir dos 30 anos são associadas a uma maior probabilidade de complicações, como aumento da incidência de síndrome de Down ou maior risco de hipertensão e diabetes gestacional. Mas pesquisas recentes vieram para quebrar estereótipos sobre os mitos em ser mãe mais tarde.

Mudança de época

Um grupo de cientistas publicou, em fevereiro de 2017, uma pesquisa sobre a relação entre idade materna e a capacidade cognitiva das crianças. E o resultado: muita coisa mudou entre a década de 50 e os anos 2000. Naquela época, as crianças com mães entre 35 e 39 anos tinham pontuações cognitivas piores que os filhos de mães jovens. Já agora, o quadro se inverteu! As crianças com mães entre essa mesma idade apresentaram resultados significativamente melhores nos testes cognitivos que as filhos de mães mais jovens. Confira na íntegra a reportagem sobre maternidade tardia publicada no jornal El País.

Os pesquisadores explicam o por quê da mudança nos resultados. Em 1950, as mulheres que tiveram filho aos 30 anos não eram mães de primeira viagem, ou seja, já tinham passado por 5 ou 6 gestações antes e, por isso, uma condição financeira menos privilegiada. Já as mães estudadas nos anos 2000, desenvolveram uma carreira profissional ao longo da vida e encontravam-se em um nível socioeconômico mais estável, podendo optar por uma gravidez com melhor acompanhamento médico e proporcionar aos filhos melhores condições.

Maternidade tardia aumenta expectativa de vida

Sim, é isso mesmo! Em um estudo publicado na American Journal of Public Health, feito com uma amostra de mais de 20.000 mulheres, os pesquisadores detectaram que aquelas que foram mães depois dos 25 anos (a idade considerada pelos médicos apropriada para reprodução) tinham 11% mais chances de viverem até os 90 anos. Então, mamães mais “velhas”, fiquem tranquilas em relação aos comentários maldosos de que “não verão seus filhos crescerem”, pois não é verdade.

Mães que tiverem seu primeiro filho em idade avança, tendem a dar uma criação menor dura à criança

Mães que tiverem seu primeiro filho em idade avançada tendem a dar uma criação menos dura à criança. FOTO: Shutterstock

Melhora as habilidades mentais

Se não bastassem todos esses pontos positivos para quem opta pela maternidade tardia, em uma pesquisa recente da Universidade do Sul da Califórnia, fizeram testes com 830 mulheres na menopausa e obtiveram como resultado que as mamães que deram à luz depois dos 35 anos mostravam melhor memória verbal e cognição. Isso, segundo os pesquisadores, se dá ao incremento dos hormônios estrogênio e progesterona produzidos durante a gravidez, que atuam de forma positiva na química do cérebro e têm maior efeito quanto mais “velha” for a mãe.

Criação menos dura

Segundo um estudo da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, as mães mais velhas educam impondo menos castigos e com menos violência verbal que as mais jovens, o que acarreta no bem-estar emocional das crianças. E, um segundo estudo, realizado na Universidade Columbia (EUA), afirma: “Os pais mais velhos podem ser menos resistentes que os mais jovens, mas têm mais experiência e conhecimento”, por isso “a desvantagem biológica está em certo grau equilibrada pela vantagem social”.

 

Texto: Redação Alto Astral

 

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