Atualmente, uma calculadora não é mais considerada como um dispositivo de inteligência artificial, apesar de fazer cálculos, muitas vezes, bem melhor do que um humano. Procura-se, normalmente, associar o termo às pesquisas de ponta, o que há de mais sofisticado na área tecnológica como, por exemplo, a robótica. Entenda!
Áreas que utilizam inteligência artificial
Para o professor Fernando Osório, a área da inteligência artificial pode ser subdividida em várias subáreas. Entre elas, está a parte de machine learning, que são dispositivos capazes de adquirir conhecimento. “Conforme vai passando o tempo e as experiências que elas têm, as máquinas vão aprendendo e melhorando”, explica Osório. Esse tipo de IA é muito utilizado pelo Google, que reconhece melhor os gostos das pessoas a cada acesso.
Outros sistemas trabalham com inteligência coletiva. Assim como acontece na sociedade humana, essa inteligência “evolui mais rapidamente porque a inteligência do grupo é superior à inteligência individual”, diz Fernando. Existe ainda a robótica, que tem evoluído muito, desde drones – veículos aéreos não tripulados – até automóveis que andam sem motorista.
Osório também trabalha com um projeto na USP de um carro que se locomove sem motorista. “Nós fazemos ele andar como se fosse dirigido por um ser humano, mas, na realidade, ele está processando dados através de softwares de inteligência artificial”, explica o professor.
Hoje em dia, já existem robôs que trabalham na área agrícola, pulverizando plantações. Osório explica que “eles passam na plantação e inclusive regulam a quantidade de defensivo conforme o tamanho da área e a quantidade de vegetação”.
Outra tarefa de altíssimo risco à saúde feita, hoje, por robôs é a exploração de minas subterrâneas. Mas nesse caso, para que tudo isso funcione e o robô não perfure o local errado, são necessários sistemas de processamento de imagens.
Leia também:
Inteligência: conheça as áreas do cérebro responsáveis por ela
Entenda o conceito de inteligência artificial
Texto: Érica Aguiar – Edição: Victor Santos
Consultoria: Célia Cortez, psiquiatra, neurocientista e presidente da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH); Fernando Santos Osório, docente do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos; Flávio Soares Corrêa da Silva, professor associado do Instituto de Matemática e Estatística da USP em São Paulo; João Alexandre Borba , master coach trainer e psicólogo; Mendel Suchmacher, membro do American College of Physicians.