Por conta de questões como prazos e produtividade, a realidade de muitos profissionais inclui altas cargas de trabalho, cobranças, ambiente estressante… A correria do dia a dia acaba colocando muitos trabalhadores em um ciclo sem fim, onde praticamente não há tempo para pensar.
Isso poderia não ser um problema, afinal, quanto mais produtivo, mais seu trabalho irá render, certo? Nem sempre. Cada vez mais, o mercado de trabalho valoriza outra função de todo profissional: a criatividade.
Ideias inovadoras, que ajudam a criar soluções para problemas e auxiliam no andamento do ofício, vêm ganhando espaço no mundo corporativo — e quem não entra no jogo acaba ficando para trás. Porém, a falta de tempo para pensar — provocada pela incansável busca pela produtividade — acaba limitando um pouco os processos criativos.
Unindo trabalho, estudo e lazer
Segundo a teoria formulada pelo sociólogo italiano Domenico De Masi, o ócio criativo está voltado ao trabalho intelectual, em oposição à tarefa física e estressante, cada vez mais atribuída às máquinas. A ideia se baseia em três principais pontos: o trabalho para criar riqueza; o estudo para obter conhecimento; e a diversão visando o bem-estar da sociedade.
Para o italiano, unir trabalho, estudo e lazer, a ponto de não haver mais diferenciação entre eles, é a saída para o futuro da sociedade. Pode parecer utópico, mas — acredite se quiser — o futuro está aí. “Hoje em dia muitas empresas já se deram conta da importância desses momentos e transformaram a estrutura de suas empresas propícias para tal, espalhando pufes, redes, vídeo-games e mesas de bilhar, onde o colaborador tende a sair da rotina e fomentar sua criatividade”, aponta Juliana.
Tecnologia aliada à criatividade
Apesar de parecer um inimigo, o advento da tecnologia proporcionou uma ferramenta extremamente importante no avanço da criatividade. Segundo a especialista, quando bem utilizado, o desenvolvimento tecnológico torna-se libertador. “O que nos faz escravos não é a tecnologia, e sim o mau uso dela. Basta lembrar que as conexões vêm exatamente da busca pelo ‘ócio criativo’”, analisa.
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Texto e entrevista: Augusto Biason/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Juliana Albanez, jornalista, coach, palestrante e especialista em pitch, criatividade e comunicação