Mais conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial atinge cerca de 30% da população adulta, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença não tem cura, mas é possível tratá-la e manter uma vida com qualidade. “Uma vez que o diagnóstico é feito, o tratamento é para o resto da vida. Com o tempo, os procedimentos podem mudar, trocando os medicamentos, adicionando um ou excluindo o outro. Às vezes, uma dieta equilibrada passa a ser o suficiente para controlar o problema, sem a necessidade de medicação”, afirma a cardiologista Andrea Brandão.
Entendendo o problema
O coração bombeia entre 5 e 6 litros de sangue por minuto, que são irrigados para todo o órgão por meio de 60 a 80 batimentos. As artérias são responsáveis pelo transporte desse líquido e a pressão arterial é a relação entre o volume de sangue e a resistência apresentada pelas artérias. Quando a resistência está muito alta (hipertensão), o coração passa a trabalhar sobrecarregado, já que necessita fazer mais força para manter o sangue circulando. Dessa forma, os riscos de doenças vasculares aumentam significativamente.
Fatores envolvidos
A hipertensão pode se manifestar em qualquer período da vida, ou seja, desde crianças até idosos podem desenvolver o problema. No entanto, para isso, algumas questões determinantes podem estar envolvidas. “Não há como precisar o quanto cada fator (genética e hábitos de vida) contribui. É um conjunto. Uma pessoa cujos pais são hipertensos tem mais chances de desenvolver a doença. Já os fatores ambientais, como excesso de peso, consumo exagerado de sal, sedentarismo e dieta inadequada aumentam os riscos”, salienta Andrea.
Níveis ideais
De acordo com a OMS, a pressão arterial considerada desejável deve ser igual ou menor que 120 por 80mmHg (milímetros de mercúrio). Quando a pressão alcança níveis maiores que 140 por 90mmHg, de forma sistemática, é detectada a hipertensão.
Pré-hipertensão
É caracterizada quando a pressão arterial está maior que 120 por 80mmHg e menor ou igual a 140 por 80mmHg. “Nesse caso, em que a pressão do indivíduo está próxima do limite (máxima entre 13 e 14 e mínima entre 8 e 9), deve-se tomar precauções para que não seja necessário tratamento medicamentoso. Dieta com pouco sal e calorias reduzidas, além de atividade física e não ingerir bebidas alcoólicas (ou reduzir o seu consumo ao mínimo possível) são medidas que podem evitar a doença”, frisa a cardiologista.
Sintomas
Um dos maiores empecilhos para descobrir a hipertensão é que raramente aparecem sintomas. Porém, quando um indivíduo apresenta pressão alta grave ou prolongada e não tratada, ele pode sofrer de dores de cabeça, vômito, falta de ar, agitação e visão borrada, decorrências de lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os rins.
Consultoria Andrea Brandão, cardiologista
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