Da mesma forma que o excesso de informações, o estresse tem um papel no mal funcionamento cognitivo de um indivíduo. Por ser incapacitante, ele não só atrapalha a lembrança, mas também a obtenção de novas memórias, pois impede prestar atenção nas informações: “Um sujeito estressado, naturalmente, fica confuso pela quantidade e velocidade de pensamentos concorrentes e, por isso, disperso”, conta a psicóloga Virgínia Ferreira. Biologicamente, esse estado tende a descarregar hormônios na circulação sanguínea, como a adrenalina. O resultado é que ficamos acelerados, agitados e tensos.
O problema com a memória, como alerta a psicóloga Rita Calegari, é que lembrar de alguma coisa nessa condição pode ser difícil. “No estado de estresse estamos preocupados com o futuro, toda nossa energia está voltada para a frente e desacelerar a mente para olhar para trás, ou para o passado, é um tanto quanto desgastante”. Esse tipo de mal funcionamento na memória é bastante preocupante, como explica o neurocirurgião Feres Chaddad, por que pode levar a esquecimentos importantes, como pais que, na correria, deixam seus filhos dentro do carro. “O estresse leva ao déficit de atenção e, dessa maneira, não ocorre a memorização. A mudança de rotina ou a atenção em outros assuntos quebram o padrão da memória, fazendo-nos simplesmente não registrar o que é relevante”, finaliza.
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Texto: Redação Edição: Angelo Matilha Cherubini
Consultorias: Rita Calegari, psicóloga; Feres Chaddad, neurocirurgião; Virgínia Ferreira, psicóloga