“A nova onda é o treinamento funcional (TF), que consiste na realização de exercícios sequenciados, como num circuito, intercalando atividades para grupos musculares diferentes sem, contudo, precisar de intervalos para recuperação e mudança do local de execução”, explica o professor de educação física Marcus Mattos. Essas características fazem com que a frequência cardíaca do praticante se mantenha elevada durante todo o treino, aumentando o gasto calórico e o condicionamento físico. Diferentemente do treino tradicional, o funcional mescla práticas de alongamento, aeróbica, musculação e pilates.
Integral, mas particular
Outro grande diferencial do treinamento funcional é o trabalho personalizado, pois, ainda que as aulas aconteçam em grupo (cerca de uma hora, duas vezes por semana), um treino não é igual ao outro. “O conceito básico dessa modalidade é trabalhar o corpo como um todo, mas as séries de movimentos podem mudar conforme o objetivo de cada aluno. É a partir desse desejo individual que se estabelecem os exercícios. Séries que envolvem trabalho de coxa e tronco queimam mais calorias e são ideais para perder peso e definir músculos”, destaca Marcus.
Treinamento funcional: vantagens por toda parte
Agachamentos, abdominais, flexões de braço e muitos outros exercícios auxiliados por acessórios, como haltere, bola, elástico, disco de equilíbrio e até plataforma vibratória, permitem benefícios múltiplos. “O TF melhora o funcionamento de articulações e músculos, dando mais sustentação ao esqueleto. O resultado é uma postura mais ereta”, exemplifica o educador físico. E dessa forma, o trabalho simultâneo de grandes grupos musculares garante, ao mesmo tempo, condicionamento físico, consciência e funcionalidade corporal, além de substituir gordura por massa magra. Poucas sessões são suficientes para começar a ver resultados, especialmente quando se trata de iniciantes e pessoas sedentárias, que por não estarem adaptadas respondem melhor aos estímulos.
Do jeito certo, pode!
O treinamento funcional começou a ser praticado por jogadores de futebol como forma de prevenir lesões musculares e esqueléticas e melhorar flexibilidade, força e respiração. Mas não é preciso ser atleta para aderir à prática. Qualquer pessoa, em qualquer idade, pode! “Não há contraindicações, mas deve-se adequar os exercícios conforme as necessidades individuais, respeitando limitações: dores, lesões articulares, problemas cardiovasculares, entre outros”, alerta Marcus. Por isso o auxílio de um profissional qualificado é indispensável e deve-se evitar a realização dos exercícios em casa. “Nesse caso, as chances da execução errada é grande, pois os exercícios são complexos. Sem contar que o professor de educação física recomendará os exercícios, número de séries e de repetições e duração adequados”, completa.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Marcus Mattos, professor de educação física
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