Cortar gastos é, atualmente, a primeira medida de economia doméstica de grande parte das famílias brasileiras. Mas você sabe como fazer isso corretamente e driblar a alta dos preços? Carolina Herszenhut, empreendedora especialista em economia criativa, e Cleber Zanetti, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), criaram um guia prático para ajudar você.
1- Faça compra compartilhadas
Segundo Zanetti, uma solução para a economia doméstica é fazer as compras do mês em supermercados que vendem por atacado. Pode ser em parceria com a vizinha, com os irmãos etc. O importante é ter outro grupo familiar para compartilhar os produtos e, é claro, a conta. Para Carolina, essa atitude, assim como dividir carona para economizar com combustível, é uma forma eficaz e colaborativa. “É preciso pensar de que maneira podemos obter produtos e serviços através de trocas”, diz.
2- Compre aos poucos
Para quem não vê as compras de atacado como uma solução prática, o jeito é aproveitar ao máximo as promoções no supermercado. Para isso, é importante organizar sua agenda para mais dias de compras. “É possível conseguir a economia doméstica indo em diferentes locais e aproveitando os dias da semana. Sabemos, por exemplo, que bebidas e carnes sempre aumentam nos fins de semana”, diz Carolina.
3- Reaproveite ao máximo na cozinha
“Pense ou crie novas receitas, principalmente aquelas que podem ser feitas com alimentos mais baratos. Acima de tudo, não desperdice, pois a carne que sobrou hoje sempre pode compor uma nova receita amanhã”, aconselha Carolina.
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4- Diminua o uso do carro
Coloque seus gastos com carro na ponta do lápis e compare com os gastos com transporte público. Se a segunda opção compensar mais, hora de deixar o veículo na garagem nos dias de semana. “E para aqueles que têm disposição e vivem em cidades com ciclovias, acho que deveriam aderir ao uso da bicicleta. Pois além de ser um transporte gratuito, a pessoa economiza com o dinheiro da academia”, aconselha Carolina.
5- Use a tecnologia para se comunicar
Para Zanetti, precisando ou não driblar a inflação, substituir o telefone fixo pelo móvel acaba sendo mais econômico no dia a dia. Com um smartphone, fica mais fácil utilizar aplicativos que facilitam a comunicação de forma gratuita, como o WhatsApp. E o especialista também alerta: desconfie dos planos de compartilhamento em família que as operadoras oferecem. O ideal é que cada membro da família tenha uma linha com contas separadas, seja para pós ou pré-pagas.
6- Não abra mão do lazer por causa da economia doméstica
“Visita a algum parque na cidade, exposições de arte… Muitas dessas atividades são mais baratas ou até gratuitas e mais divertidas”, finaliza Zanetti.