Ela vem acompanhada de muito choro, irritação e desconforto. Longe de ser um problema grave, a cólica em recém-nascidos geralmente é fruto do processo de maturação do aparelho digestivo do bebê, que ainda está se aprendendo a processar o leite materno. O problema também pode ser causado pelo excesso de gases e é reflexo da alimentação da mamãe, cujas substâncias consumidas passam diretamente para o pequeno através da amamentação.
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5 dúvidas sobre cólica em recém-nascidos
1- Todo choro é cólica?
Não, o motivo do choro do bebê também pode ser sono, fome ou alguma outra dor. Como o choro é a única forma que os recém-nascidos têm para se comunicar, nem sempre dá para identificar com precisão o problema.
2- Quais as causas?
“A cólica é uma dor do tipo espasmo que ocorre devido à imaturidade do aparelho digestivo, estresse, deglutição de ar junto com as refeições ou pelo consumo de alimentos que provocam gases”, explica Ana Cláudia dos Santos, pediatra do Hospital e Maternidade Neomater, de São Bernardo do Campo (SP).
3- A cólica do bebê pode ser emocional?
Sim. Como o bebê se comunica apenas pelo seu corpo, acaba expressando seu desconforto emocional na cólica. “São as famosas reações psicossomáticas, semelhantes ao vômito em crianças mais velhas”, explica Walter Migliorini, psicanalista de crianças da Universidade Estadual Paulista (Unesp). “O estresse da mãe e da família também infl uencia nas cólicas do pequeno”, completa.
4- A cólica do bebê é igual a cólica da criança?
Não. A maior causa da cólica em bebês ocorre por causa da imaturidade do intestino, que não consegue fazer os movimentos peristálticos certinho. Já na criança, a cólica geralmente é causada por constipação.
5-No caso das lactantes, a alimentação materna influencia?
Sim. Existem alguns alimentos que a lactante ingere e que podem aumentar as cólicas do recém-nascido, como aqueles ricos em ferro (feijão) ou proteína do leite de vaca.
Consultoria: Ana Cláudia dos Santos, pediatra do Hospital e Maternidade Neomater, de São Bernardo do Campo (SP) e Walter José Martins Migliorini, psicanalista de crianças da Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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