Dinheiro x Felicidade: um debate que parece longe de terminar

Muita gente vive angustiada pensando em quando terá dinheiro suficiente para não precisar se preocupar com ele. Mas ter a carteira recheada não garante nada

- (Foto: Istock / Getty Images)

O que é a felicidade para você: uma viagem, buscar o filho na escola, comprar uma roupa nova ou sair com os amigos? Será que o dinheiro está realmente interligado com esse sentimento? Segundo Alexandre Prado, coach e especialista em finanças, esse sentimento pode ser definido como uma vibração intensa em que a pessoa sente a vida em sua plenitude e deseja que aquela sensação momentânea se eternize. “É uma alegria imensa por um episódio qualquer que permite à pessoa se sentir plena”, explica o especialista.

Em 2010, uma pesquisa publicada na revista científica norte-americana Proceeedings of the National Academy of Sciences (PNAS) mostrou que a maioria dos moradores dos Estados Unidos com renda de 75 mil dólares por ano eram felizes, mas a felicidade do dia a dia não evoluía conforme a renda se elevava. Para o estudo, foram coletados dados de mais de 450 mil norte-americanos. Como conclusão, os pesquisadores descobriram que vale a pena ter uma renda alta até o nível em que isso é confortável, ou seja, não atrapalha ações como passar um tempo com outras pessoas, o que, cientificamente, pode afastar dores, doenças e promover uma avaliação sobre a vida e o bem-estar como um todo.

“O problema não está no tamanho da conta bancária de alguém, mas sim suas crenças e valores que, no limite, impactarão seus comportamentos. Há pessoas que possuem dinheiro e que adotam comportamentos positivos e outras que não. Da mesma forma, há aquelas outras que não têm dinheiro e que adotam comportamentos positivos ou negativos. Em termos práticos, o que ocorre, é que há pessoas cujos valores pessoais são distorcidos e, quando se deparam com uma circunstância específica, que talvez as favoreça em detrimento de outros, adotam comportamentos negativos. Se pudermos observar em nossa vida cotidiana, pessoas com dinheiro, ou sem ele, adotam comportamentos errados: dirigem pelo acostamento, furam fila, oferecem e aceitam propinas, entre outros”, explica Alexandre.

Dessa maneira, o dinheiro deve ser visto como um meio, um facilitador ou potencializador. “O dinheiro não traz felicidade, mas pode aproximar você dos seus objetivos. Assim como ter saúde também pode, ter amigos, bons relacionamentos e equilíbrio espiritual… Não é o dinheiro que nos traz felicidade. Somos nós mesmos que nos trazemos felicidade. E todas essas pecinhas do quebra-cabeça podem ajudar nisso”, explica a especialista em finanças Luciana Fiaux.

“Normalmente, uma pessoa verdadeiramente bondosa e caridosa será ainda mais caridosa se tiver dinheiro. Alguém egoísta ou desonesto será ainda mais egoísta ou desonesto à medida que passa a ter mais dinheiro. Uma família que tem problemas de relacionamento provavelmente terá ainda mais problemas ao ter dinheiro. Quando o dinheiro afeta negativamente o comportamento de alguém, na minha visão, é porque essa pessoa já tinha uma tendência a se comportar daquela forma”, conclui Luciana.

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