Eventualmente, o termo demência aparece como sinônimo de loucura. Na linguagem da medicina, seu significado é um pouco diferente: “Demências são doenças neurológicas em que há perda de capacidades cognitivas previamente adquiridas e funcionantes, e ocorrem em pessoas, até então, sadias. São funções mentais que se relacionam com memória, orientação, linguagem, flexibilidade mental, atenção e abstração”, descreve o neurologista Flávio Sekeff Sallem. Mas, afinal, será que existem diferenças entre demência e Alzheimer? Ou os problemas podem ser a mesma coisa?
Desvende a demência!
É difícil encontrar palavras que descrevam com justiça a vasta complexidade e potencialidade da mente humana. No entanto, o centro de comando do corpo também tem suas vulnerabilidades, que se tornam expostas diante de doenças, como ocorre com o Alzheimer. Em outros casos, a idade avançada ou hábitos de vida nada saudáveis levam a um quadro clínico de demência – sem contar acidentes que atinjam a região da cabeça.
O maior risco para a integridade do cérebro encontra-se nas doenças neurodegenerativas, ou seja, aquelas que resultam na destruição progressiva dos neurônios – portanto, existem muitas diferenças entre demência e Alzheimer! Estão entre as mais ameaçadoras:
Alzheimer: a perda de memória é o sintoma mais conhecido e que costuma aparecer primeiro. Posteriormente, manifestam-se a incapacidade de se comunicar e até realizar as necessidades básicas sem auxílio, fora as mudanças bruscas de temperamento. Suas reais causas ainda não foram totalmente desvendadas.
Parkinson: fora os tremores nas mãos, sintomas como lentidão nos movimentos e dificuldades na fala denunciam a doença, que evolui de maneira bem sutil. Sua causa é a diminuição aguda dos níveis de dopamina, neurotransmissor que, entre outras funções, controla os movimentos.
Esclerose múltipla: acontece quando o sistema imunológico do paciente passa a agredir a bainha de mielina, membrana que envolve os axônios, ponto em que os neurônios se conectam. É motivada por uma mistura de fatores genéticos e ambientais. Com o tempo, ocorre perda da massa encefálica e perde-se equilíbrio e força, além da lucidez em si.
Consultoria Flávio Sekeff Sallem, neurologista
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