Falta de humor, insônia, alteração na qualidade do sono e do apetite, falta de energia, irritabilidade, diminuição da libido e perda da capacidade de sentir prazer são apenas algumas características de uma possível depressão pós-parto, um quadro que atinge de 7 a 13% das mulheres no primeiro ano após a gravidez.
Quem já sofreu dessa doença tem mais chances de voltar a ser diagnosticada, tanto durante os nove meses quanto após o parto. Porém, também é importante ficar atento a outros fatores que podem evidenciar a depressão, como ideia de culpa e pensamentos suicidas.
O motivo
Alguns dos fatores que podem desenvolver a depressão na mulher são:
– Estresse
– Falta de apoio
– Violência doméstica
– Ansiedade materna
– Gravidez indesejada
– Baixa renda
– Baixa escolaridade
– Conflitos com o companheiro
– Histórico de depressão na família
– Perda gestacional anterior
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Segundo a obstetra Roseli Nomura não existem explicações claras da patogênese da depressão pós -parto. “Algumas teorias explicam que a prolongada exposição aos esteroides ovarianos durante a gestação poderia precipitar a depressão, ou piorar uma depressão pré-existente. A interação entre a susceptibilidade genética e os fatores estressantes maiores, juntamente com as variações hormonais, poderiam explicar a depressão pós-parto”, afirma.
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O diagnóstico
Ela também explica que é muito importante não deixar os sintomas da depressão serem persistentes e causar impacto negativo nas atividades diárias da mulher, prejudicando sua qualidade de vida. “A principal estratégia para prevenir a depressão pós-parto é identificar as mulheres de risco e realizar o diagnóstico precoce, que permitirá as medidas terapêuticas apropriadas”, diz.
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Neste período, Nomura aconselha as mulheres a ficarem atentas, principalmente as que já tiveram depressão. Alterações de humor, sono, apetite, prazer e sentimentos em relação ao bebê são alguns dos sinais
Essa prática serve para detectar precocemente o quadro clínico e evitar sequelas a saúde física e mental da mãe e da criança.
A depressão é um distúrbio afetivo que, imprescindivelmente, necessita de acompanhamento médico e tratamento adequado. Muitas vezes ela pode, inclusive, prejudicar a interação entre a mãe e o bebê, dificultando o aleitamento materno. “O método mais eficaz para prevenir o transtorno é a adoção de hábitos de vida saudável”, aponta Roseli.
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