Dar ou não dar mesada aos filhos?

Dar mesada aos filhos pode ser uma grande dúvida aos pais

- Foto: Vinicius Tupinamba / Shutterstock.com

Uma dúvida recorrente a muitos pais é sobre a prática da mesada. Para os especialistas, se os responsáveis optarem a dar uma quantia regular aos filhos, suas regras devem ser apresentadas com clareza e incentivando, desde então, a poupança de parte do valor a fim de juntar recursos para conseguir algo que a criança quer, como um brinquedo. “Na prática, é indicar o caminho da gestão financeira”, afirma o professor Pedro Leão Bispo, da Fundação Getúlio Vargas. “Uma alternativa interessante é usar a mesada para pequenas despesas, como o lanche do colégio”, sugere o contador Hélio Donin Jr.

Dar ou não dar mesada?

Para o contador Hélio Donin Jr., cabe aos pais ou responsáveis avaliarem se têm disponibilidade no orçamento para sustentar a mesada, já que não deve comprometer o orçamento doméstico. “Caso a família não tenha condições, deve expor a situação à criança, sem colocá-la como um fato negativo, mas somente como uma limitação natural a qualquer pessoa”, afirma o especialista.

mesada

Foto: Vinicius Tupinamba / Shutterstock.com

Quando dar mesada

Incentivar a criança ou o jovem a gerenciar pequenos valores é importante para que ele aprenda a ter uma organização e planejamento financeiro, se acostumando para quando tiver sua própria renda. Outro ponto que deve ser observado é a maturidade. “A criança precisa ter uma noção básica da matemática e reconhecer o dinheiro. É importante que seja associada à responsabilidade de cuidar dele e refletir sobre os gastos. Também deve ser estabelecida uma finalidade para a mesada e não apenas ser dada sem motivo”, complementa a superintendente de educação corporativa Patrícia Campos.

Quanto dar de mesada

O valor merece atenção, pois precisa ser compatível com o propósito da mesada (lanches no recreio, cinema com os amigos, figurinhas, etc), não sendo aconselhável que fique abaixo ou muito acima da necessidade. “A criança precisa aprender também a lidar com a frustração de não poder fazer uma atividade por não ter o dinheiro disponível se utilizá-lo para outro fim. Ela precisa vivenciar que o dinheiro é finito”, destaca Campos. Também é importante que a mesada não seja usada para cobrir itens essenciais, já que este é o papel dos pais, pois assim a criança não aprende que pode abrir mão do consumo imediato para comprar algo no futuro. Além disso, a mesada não deve ser dada em troca de algo considerado obrigação, como estudar. No entanto, a criança pode ser penalizada por não cumprir com o que se espera dela. “Neste caso, segue a mesma lógica do mercado de trabalho: a pessoa pode sofrer penas se não cumprir suas obrigações, mas também pode ser bonificada, caso supere as expectativas”, afirma a superintendente.

 

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Consultoria: Hélio Donin Jr., contador e diretor da Donin Contabilidade; Patrícia Campos, superintendente de educação corporativa; Pedro Leão Bispo, professor dos MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Texto: Natália Negretti

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