Você pode ouvir música clássica e se “isolar” em seu mundo para estudar. Você pode utilizar a agenda de seu celular para organizar seus eventos e aliviar um pouco o excesso de informações que você carrega na cabeça utilizando seu HD externo. Você pode jogar um pouco algum jogo que o distraia e diminua seu estresse. Você pode, inclusive, aumentar suas habilidades cognitivas com softwares de cognição, incluindo de atenção e concentração disponíveis em alguns aplicativos.
O problema é quando existe a necessidade de estar ligado em tudo o que acontece o tempo todo! “Isso faz com que pessoas, quando deveriam relaxar, fiquem on-line 24h, provocando ainda mais fadiga mental, e quando deveriam estar focados no trabalho ficam dispersos, dividindo a atenção para execução da tarefa diminuindo sua produtividade. Ajudar ou atrapalhar a atenção depende de quando, quanto, como e para que esses recursos são utilizados”, explica a neurologista Vanessa Müller.
Em outras palavras, os artefatos midiáticos tecnológicos, como smartphones e tablets, podem ou não atrapalhar a concentração – tudo depende de quem os utiliza. Assim, se uma pessoa utiliza seu smartphone até mesmo em atividades nas quais ele não é necessário, é evidente que esse material a privou de estar totalmente presente em sua atividade principal e, consequentemente, diminuiu seu nível de concentração e de produtividade.
“Outra dificuldade relativa ao uso desses aparelhos relaciona-se ao fato de eles possibilitarem o acesso a muitas informações em segundos e conterem diversos tipos de aplicativos sobre diferentes temas, o que pode tornar mais fácil perder o controle do tempo gasto nesses aparelhos ou desviar-se do objetivo inicial do uso do aparelho naquele momento”, acrescenta Christyano Malta, head master coach da Casa Coaching (empresa voltada para a pesquisa e desenvolvimento de Coaching).
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Texto e entrevistas: Larissa Tomazini – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultorias: Christyano Malta, head master coach da Casa Coaching; Vanessa Müller, neurologista