Em busca do sonho de um automóvel ou moto próprios, muitas pessoas se endividam por não possuírem recursos para adquiri-los à vista. Entretanto, existem soluções concretas para ficar com o saldo positivo.
Financiamentos de veículos costumam ter um prazo menor do que os de imóveis. Por isso, o sistema utilizado geralmente é a Tabela Price, em que o valor das parcelas é fixo. Assim como a SAC, pode sofrer correções monetárias, pós ou pré-fixadas.
Para não se endividar
Quando o indivíduo não consegue mais pagar as prestações do carro, segundo o economista Rodrigo De Losso, a melhor coisa que pode fazer é vender o automóvel antes que fique endividado. “Se ele vende o carro, pega o dinheiro que já pagou no veículo e não perde esse valor”, explica. No caso de permanecer endividado, o banco ou a financeira pode fazer a apreensão do veículo e, aí, é bem possível que você não veja mais a cor do dinheiro já gasto. Assim, quem contraiu a dívida pode ficar sem o bem e sem o valor das parcelas já pagas. Depois, o veículo costuma ser vendido em leilão e, caso o valor necessário para a quitação da dívida não seja alcançado, o consumidor deve pagar o resto do saldo devedor.
Transferênica
Se não for possível quitar toda a dívida ou atualizar o valor das parcelas, você pode fazer a transferência para uma terceira pessoa. Contudo, isso tem que ser regularizado e a financeira deve estar de acordo com essa operação.
Cuidado com o empréstimo consignado
Geralmente, este tipo de empréstimo é oferecido a uma taxa de juros menor porque oferece menos risco ao banco, já que o valor é debitado automaticamente da folha de pagamento, diferente do empréstimo pessoal. Porém, o risco é ficar sem dinheiro e o débito entrar no cheque especial, gerando juros por parte do banco. Por isso, pense bem antes de optar por essa ajuda.
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Consultoria: Rodrigo de Losso, economista, professor do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Serviço de Orientação Financeira (SOF) da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.
Texto: Érica Aguiar – Edição: Natália Negretti