Quem não gosta de ficar deitado em uma rede com as pernas para o ar, assistindo um filme ou folheando uma revista? Essas atitudes relaxantes e prazerosas fazem muito bem para a sua saúde, especialmente para seu cérebro. Nesta matéria da série Cérebro nota 10, vamos falar do ócio criativo.
Para ter um cérebro nota 10, momentos de relaxamento e descontração são essenciais. Foto: Shutterstock Images
Atividades cerebrais intensas produzem substâncias para preparar os neurônios e reagir às solicitações do dia a dia. Mas, se essas atividades forem muito frequentes, os estímulos levam a uma exaustão física e mental. A estafa, por exemplo, é resultante de um mau uso do cérebro.
O que é ócio criativo?
O conceito de ócio criativo foi elaborado pelo sociólogo italiano Domenico De Masi. Para ele, uma rotina equilibrada entre trabalho, estudo e lazer é perfeitamente possível e benéfica. O ócio não significa momentos inertes, mas a ocupação do tempo de forma gratificante e criativa.
Não é necessário haver um esvaziamento da mente, mas a realização de uma atividade prazerosa ou até mesmo de uma simples contemplação de uma foto ou uma paisagem, por exemplo. Nessas condições, o cérebro modifica seu funcionamento e pode trabalhar sem pressão, recuperando-se dos momentos estressantes. Basta se afastar de estímulos excessivos para que as ondas elétricas cerebrais assumam um padrão diferente, resultando num estado de relaxamento quase total.
A teoria do ócio criativo se associa à ideia do Sistema de Autopreservação e Preservação da Espécie (SAPE), ou seja, a interação do sistema límbico (responsável pelas emoções) e o sistema glandular endócrino (responsável pela produção de hormônios). Reserve alguns minutos do dia para se divertir e se distrair. Seu cérebro agradece a longo prazo.
Aprenda mais
O Sistema de Autopreservação e Preservação da Espécie (SAPE) é uma forma cientificamente comprovada para mudar comportamentos e atingir objetivos. A integração do sistema nervoso central, direcionado para as emoções, com o sistema endócrino descondiciona os padrões tradicionais e cria novas possibilidades de aprendizado, beneficiando o cérebro.
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Texto: Helena Ometto / colaboradora – Edição: Ricardo Piccinato