Bactérias: você sabia que o seu celular é contaminado por vária delas?

Pode não parecer, mas esses seres minúsculos fazem o seu celular de moradia. Aprenda a prevenir doenças e higienizar da maneira correta seu aparelho!

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“Empresta o celular?” Pronto, lá vai seu fiel companheiro para as mãos de alguém que você pode até conhecer, mas não tem a mínima ideia de como está a higiene das mãos. Atitudes simples como essa são corriqueiras, mas raramente paramos para pensar por quantos lugares sujos o aparelho celular pode passar.

Cair no chão, ser deixado na pia do banheiro, no porta-treco do carro, na bolsa, na mesa do shopping… As bactérias e fungos estão presentes em muitos lugares e para passar ao celular leva apenas alguns segundos. “No meio urbano, composto por um grande fluxo de pessoas (em supermercados, cinemas etc), todas as superfícies podem ser recipientes dos mesmos micro-organismos que habitam os celulares. Assim, a melhor conduta é manter o aparelho e as mãos limpas, ambos veículos de contaminação”, destaca o biomédico Igor Couto da Cruz.

Celular smartphone bactérias

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Perto, muito perto

O celular não é atendido e levado ao ouvido sozinho. Por isso, uma vez contaminado, também contamina as mãos, orelhas, boca e por onde mais passar. E é aí que mora o perigo, pois os germes podem provocar doenças. “Se o micro-organismo presente em sua superfície for nocivo à saúde e após o contato da mão no aparelho essa mesma mão for levada à boca, e tiver alguma lesão, pode haver uma contaminação”, explica o biomédico. Ainda segundo Cruz, alguns desses micro-organismos podem provocar dermatite e até intoxicação alimentar.

Quem mora

Um estudo da Universidade de Londres mostrou que 92% dos celulares do Reino Unido estão contaminados por micro-organismos, e que um em cada seis aparelhos têm contaminações ligadas a uma higiene pessoal ruim. O nível de contaminação dos celulares foi comparado ao de tampas sanitárias e maçanetas de portas. Alguns micróbios patogênicos podem sobreviver na superfícies dos telefones celulares, sendo as bactérias mais comuns o Escherichia coli, Enterococcus e alguns tipos de Staphylococcus. Responsáveis, principalmente, por diarreia, infecções e intoxicação alimentar, respectivamente. Assustador, não é?

O meio de transporte

Principalmente hoje em dia, quando os celulares acumulam várias funções, como tocar música, acessar a internet, despertador e máquina fotográfica, o aparelhinho está praticamente em todo lugar. Porém, o chão é o principal recipiente de bactérias. E quem nunca derrubou o aparelho? “No caso de queda, sempre é recomendado higienizá-lo. No entanto, é importante saber que o celular é o recipiente para micro-organismos e a mão é o transporte”, esclarece o especialista. Ou seja, o simples fato de pegar o celular logo depois de cair já faz com que suas mãos estejam “sujas”. “Se o indivíduo coçar os olhos, a pele ou por a mão na boca, provavelmente, vai haver uma contaminação”, lembra Cruz.

Tem como proteger?

Foto: iStock.com/Getty Images

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A maneira mais eficaz de prevenir a contaminação é a higienização do aparelho. Manter limpos os locais mais comuns que ele fica, como a mesa do escritório, criado-mudo e bolsa, também é uma boa medida. Há quem use capinhas próprias para os celulares para preservar o aparelho e também sua limpeza, porém, de acordo com o especialista, não existe referência de que esse tipo de material ajuda na prevenção do crescimento microbiano. “Se a capinha também não for lavada periodicamente pode se tornar um veículo de crescimento bacteriano, igual ao celular”, afirma.

Passo a passo da limpeza

1. Desligue o aparelho.

2. Retire a capa traseira.

3. Embeba, sem encharcar, uma toalha limpa, algodão ou papel absorvente em álcool isopropílico (álcool 70%).

4. Passe na parte traseira, local da bateria. Se necessário, use um cotonete para limpar as sujeiras mais difíceis de alcançar.

5. Embeba, sem encharcar, uma toalha limpa, algodão ou papel absorvente em um copo de água com 3 gotas de detergente.

6. Passe no resto do celular e enxugue com uma toalha limpa ou papel absorvente seco.

7. Repita a operação.

8. Aguarde 15 minutos para que o resíduo do álcool evapore.

9. Remonte o aparelho e pode ligá-lo em seguida.

 

Texto: Redação Alto Astral

Consultoria: Igor Couto da Cruz, biomédico

 

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