Daqui há 10 anos, o Brasil terá uma população com mais de 60 anos de idade de quase 24 milhões. Em 2027, serão 2,4 milhões de idosos acima de 80 anos. O problema é que uma parcela bastante significativa dessas pessoas será propensa a desenvolver doenças crônicas, entre elas a doença de Alzheimer, conforme apontou um estudo da Academia Brasileira de Neurologia (ABN). Estima-se que o número de pessoas vítimas da doença ultrapasse o número de 1 milhão de casos.
A situação é preocupante, já que a patologia envolve o doente e a sua família – geralmente seus cuidadores. Além disso, em termos de saúde pública, uma maior incidência da enfermidade provoca maiores preocupações em termos de bem-estar social e de qualidade de vida. “Esse contingente deverá gerar um significativo impacto econômico e social”, alerta o geriatra Thiago Monaco.
Ainda existem dúvidas
Embora a divulgação de informações a respeito da doença tenha aumentado e melhorado muito nos últimos anos, ainda há, infelizmente, desconhecimento. Embora não exista cura para Alzheimer, os medicamentos atuais conseguem atrasar a progressão da doença, situação de extrema importância na medida em que melhoram os sintomas.
Estudos indicam que idosos que ocupam o seu tempo com atividades intelectuais ou que mantêm uma interação social mais ativa estão menos propensos a sofrer do distúrbio. Essas atividades podem se resumir desde uma simples caminhada, já que o exercício físico também é importante nessa fase da vida, até a participação em associações de idosos e trabalhos comunitários, ou, simplesmente, o bate-papo com os amigos e, até mesmo, uma simples palavra-cruzada.
Reconhecendo o Alzheimer
Existem alguns sintomas que podem ajudar a identificar se uma pessoa está com princípio de Alzheimer. Os dez principais são os problemas de memória, que afetam as diversas atividades diárias do idoso, a dificuldade para realizar tarefas comuns como lavar uma louça ou varrer a casa, dificuldade para se comunicar, perda de noção do tempo e espaço, diminuição do senso crítico e de julgamento, dificuldade para raciocinar, trocar as coisas de lugar sem motivo aparente ou pertinente, mudanças de humor e comportamento constantes, mudança de personalidade e a perda de inciativa para fazer as coisas.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Thiago Monaco, geriatra e professor de Geriatria na Faculdade de Medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove)
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