“O câncer de próstata é o tumor mais frequente nos homens acima de 50 anos (com exceção dos tumores de pele), representando um problema de saúde pública”, deixa claro o médico urologista André Vanni. A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É um órgão muito pequeno, tem a forma de uma maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra (tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada) e também produz parte do sêmen (líquido que contém os espermatozoides, liberado durante a relação sexual).
Na maioria das vezes, o câncer de próstata tem desenvolvimento lento e alguns estudos mostram que cerca de 80% dos homens de 80 anos, que morreram por outros motivos, tinham câncer de próstata e nem eles nem seus médicos desconfiavam. Em alguns casos, porém, ele cresce e se espalha depressa. Uma boa notícia é que a taxa de mortalidade da doença está em queda, em parte porque está sendo diagnosticada precocemente.
Prevenção da doença
Em seus estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas. Dificuldade para urinar pode ser sintoma de câncer, mas também de hiperplasia benigna. É recomendável consultar um urologista se: urinar pouco de cada vez; urinar com frequência, especialmente durante a noite, obrigando-o a se levantar várias vezes para ir ao banheiro; dificuldade para urinar; dor ou sensação de ardor ao urinar; presença de sangue na urina ou no sêmen; ejaculação dolorosa.
“Independente dos sintomas, homens com histórico de câncer de próstata na família devem fazer exames regulares a partir dos 40 anos, pois a doença tem aspecto hereditário. Os demais precisam do mesmo procedimento a partir dos 45 anos”, detalha o médico urologista Carlos Alberto Monte Gobbo.
Para diagnosticar o câncer de próstata
O diagnóstico precoce pode ser feito com a combinação de um exame de sangue, que avalia os níveis de antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) e pelo exame de toque retal. “O PSA e o exame de toque são complementares, não excludentes e devem ser feitos uma vez por ano”, indica Gobbo. Não há motivos para temer o exame de toque, pois é rápido, e não dói, embora possa causar um certo desconforto.
Como a próstata fica logo na frente do reto, o exame permite que o médico sinta se há nódulos ou tecidos endurecidos, indicativos de câncer, em estágio inicial. “Quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata é curável, sendo tratado com radioterapia e o cirurgia”, completa o urologista. O melhor tratamento para cada caso depende de uma série de fatores, como idade e estado geral de saúde.
Consultoria André Vanni e Carlos Alberto Monte Gobbo, médicos urologistas
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