Câncer de colo de útero: saiba tudo sobre a doença e como preveni-la

Confira como o câncer de colo de útero pode afetar a sua saúde, quais os exames preventivos e os principais fatores causadores

- Entenda a importância da prevenção do câncer de colo de útero. FOTO: iStock.com

O câncer de colo de útero é o terceiro tipo que mais atinge as mulheres brasileiras. Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), fica atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. Apesar dos altos índices de incidência da doença, sua prevenção ainda é menosprezada pela população. Poucos conhecem as causas, sintomas e tratamentos da patologia.

Dados que comprovam

Segundo o “Panorama sobre Conhecimento, Hábitos e Estilo de Vida dos Brasileiros em relação ao Câncer”, uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), 52% das mulheres não aderem ao exame mais simples de prevenção, o Papanicolau. “O dado é alarmante, pois o Papanicolau é o principal procedimento de prevenção do câncer de colo de útero – a incidência da doença pode ser reduzida em até 80% quando feito com a periodicidade indicada pelo médico. Para diminuirmos a presença da doença entre as mulheres, é essencial que utilizemos os meios que já temos em mãos, como as vacinas, os preservativos e exames de prevenção, que podem ser encontrados gratuitamente por toda a população”, diz a Dra. Andreia Melo, diretora da SBOC.

Prevenção do HPV

Uma das principais causas do câncer de colo de útero é o Papilomavírus Humano (HPV), uma doença sexualmente transmissível. O estudo demonstra que muitas mulheres desconhecem a relação existente entre as DST’s e os diferentes tipos de câncer. Além disso, ainda de acordo com a pesquisa, 11% das mulheres não sabem como as vacinas de Hepatite B e de HPV podem prevenir a doença.

Métodos contraceptivos hormonais também podem ser um fator de risco para o desenvolvimento do câncer. FOTO: Shutterstock

Métodos contraceptivos hormonais também podem ser um fator de risco para o desenvolvimento do câncer. FOTO: Shutterstock

“Há anos, a rede pública de saúde do país oferece os meios necessários para que a população se proteja de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o vírus do HPV: preservativos são fornecidos e vacinas estão disponíveis gratuitamente para meninas e meninos entre 9 e 13 anos. Porém, sem a conscientização adequada, o que se percebe é a baixa adesão da população às medidas necessárias. Quatro em cada dez mulheres afirma não usar preservativos e nem aderir a campanhas de vacinação, sendo que uma parcela relevante – 12% e 7%, respectivamente –, afirma que não pretende fazê-lo no futuro próximo”, diz Melo.

Perigo do tabagismo

Outro fator que influencia o surgimento da doença é o tabagismo. A pesquisa indica que 12% da população feminina do país fuma e, dentre elas, 14% consome mais de 10 cigarros por dia. “Apesar de o cigarro estar comumente relacionado ao câncer de pulmão, o tabagismo também é um fator de risco relevante quando se trata do tumor do colo de útero. E, mesmo o hábito sendo mais comum entre a população masculina, o que a pesquisa nos mostra é que grande parte das mulheres ainda fuma e, o mais preocupante, não pretende parar: 7% das respondentes diz que não abdicaria do hábito”, aponta Dra. Andreia Melo.

 

Texto: Michele Custódio/Colaboradora | Consultoria: Dra. Andreia Melo, diretora da SBOC

 

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