Pelo menos 150 minutos de exercícios físicos por semana: essa é a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para cuidar da saúde em geral. Movimentar o corpo é imprescindível para evitar problemas como sobrepeso, doenças cardiovasculares e osteoporose, mas as atividades físicas ainda vão além, promovendo diversos benefícios para o cérebro.
Tudo isso é comprovado por diferentes pesquisas científicas. Uma delas foi realizada na Irlanda, com dois grupos de estudantes universitários sedentários que tiveram que passar por um teste de memória. Depois, um deles se exercitou na bicicleta ergométrica, a um ritmo cada vez mais extenuante, e o outro ficou em silêncio por 30 minutos, descansando em uma sala. Em seguida, ambos os grupos realizaram um teste de raciocínio e aqueles que fizeram as atividades tiveram desempenho significativamente melhor no segundo teste do que haviam tido na primeira tentativa. Já os voluntários que descansaram não melhoraram o rendimento.
Outro estudo, realizado pela Mayo Clinic de Minnesota, nos Estados Unidos, mostrou que idosos que se exercitam desde a meia idade, com caminhadas, exercícios aeróbicos, yoga ou natação apresentam 39% menos chances de desenvolver problemas de memória.
Apesar dos benefícios, a realidade no Brasil não é a melhor para a saúde do cérebro: quase a metade dos adultos (46%) são sedentários, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde 2013, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os idosos, 62,7% não pratica atividade física. “O corpo humano é uma máquina, se não colocarmos para funcionar, ele enferruja. Mas nunca é tarde para começar. Exercitar-se após os 50 anos pode retardar o envelhecimento e melhorar muito as condições físicas”, diz o personal trainer Marcos Paulo Rosmaninho.
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Consultorias: Alexandre Rodrigues e Gustavo Barquilha, personal trainers.
Texto e entrevistas: Marisa Sei/Colaboradora – Edição: Augusto Biason/Colaborador