Quem tem dificuldades para enxergar por conta da visão embaçada e sofre com dores de cabeça quando fica sem óculos conhece bem o astigmatismo. Muito comum entre a população mundial, essa disfunção ocular pode ocorrer simultaneamente a outras doenças como a miopia e a hipermetropia. Mas, como surge o problema? Existe cura? Confira essas e outras respostas aqui e conheça melhor essa enfermidade.
O que é?
O astigmatismo é um problema decorrente da forma irregular da córnea, que pode se deformar devido a fatores hereditários, fatores externos (como acidentes) ou por conta da pressão realizada no olho pelo ato de piscar repetidamente milhares de vezes ao dia.
Naturalmente, a córnea possui formato arredondado. Contudo, nos pacientes que apresentam quadro de astigmatismo, essa região do olho apresenta um aspecto mais ovalado, o que faz com que os raios de luz não se foquem em um único ponto na retina – o que permite que enxerguemos as imagens com nitidez -, mas se dispersem em vários pontos dentro do globo ocular, tornando a visão embaçada.
A disfunção também é causada por deformidades no cristalino, quando este apresenta as mesmas alterações que a córnea da pessoa com astigmatismo – formato ovalado ao invés de arredondado. Pode ainda ocorrer simultaneamente a outros problemas de visão, como a miopia e a hipermetropia.
Lentes e cirurgias
Existem duas formas de resolver ou amenizar os problemas causados pelo astigmatismo. O primeiro – e mais comum – é o uso de lentes especiais, que podem ser usadas em óculos ou como lentes de contato. Para os óculos, o tipo de lente ideal são a tórica ou cilíndrica, que são capazes de concentrarem os raios de luz em um único ponto e permitir a focalização correta da imagem.
Em último caso, ou para ocorrências mais graves, existe ainda a possibilidade de recorrer a uma cirurgia à laser para correção do problema. Outro recurso cirúrgico conhecido é a ceratotomia astigmática, que consiste em uma intervenção para aplainar a parte central da córnea para correção da miopia e do astigmatismo.
Texto: João Paulo Fernandes/Colaborador
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