Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association Pediatrics demonstrou que mulheres que tomam antidepressivos ao longo da gravidez apresentam 87% a mais de chances de ter bebês com autismo.
Com base na pesquisa, foi revelado que tomar antidepressivo, principalmente os que atuam sobre o hormônio serotonina, durante o segundo ou o terceiro trimestre da gravidez, quase duplica o risco de autismo na criança. As causas dessa doença ainda estão sendo pesquisadas, mas acredita-se que a genética e o ambiente podem ser fatores de risco.
Como o autismo se manifesta?
O autismo pode aparecer de forma leve, moderada ou grave. No entanto, os indivíduos afetados têm algumas semelhanças: costumam ter dificuldade para interagir socialmente, possuem padrões repetitivos de comportamento e de fala e, geralmente, se interessam por um único assunto.
Contudo, é importante saber que tais características podem mudar com o tempo, desde que existam profissionais habilitados para estimular as áreas afetadas pelo transtorno, utilizando as técnicas corretas.
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Antidepressivo pode gerar mesmo o autismo?
De acordo com o biólogo molecular Alysson Muotri, nem tudo o que a gestante ingere chega ao cérebro do feto, mas existem diversas substâncias que, quando consumidas durante a gestação, podem colaborar para o surgimento do espectro autista.
“O consumo de álcool é um grande fator de risco. Certas infecções, por vírus e bactérias, podem contribuir. Remédios e antibióticos, consumidos de forma errada, também podem afetar o feto”, destaca o biólogo. Assim, todo cuidado é pouco durante a gestação.
Texto Érica Aguiar/Colaboradora e Larissa Tomazini
Consultoria Alysson Muotri, biólogo molecular