Alguns anticoncepcionais de uso oral trazem na composição uma substância chamada drospirenona, que apresentam as taxas mais altas de risco de trombose venosa. O alerta foi dado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2011, depois de estudos avaliarem reações adversas em mulheres que tomam anticoncepcionais com esse hormônio. Apesar disso, o uso da pílula não é totalmente inseguro, já que depende de uma associação de fatores que precisam ser analisados.
“O médico deve investigar se a mulher nunca tomou esse tipo de contraceptivo, se tem parentes de primeiro grau com casos de trombose ou problemas circulatórios ou se é fumante”, recomenda Wesley Schunk, nefrologista e nutrólogo. Ou seja, o risco de fato existe, entretanto, é pouco informado, tanto por órgãos reguladores, quanto por uma parcela dos médicos.
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Atenção!
É importante ressaltar que antes do uso de qualquer contraceptivo, é necessária uma consulta médica. “O médico deve usar metodologia participativa, objetivando preparar e dar elementos para que as pessoas tenham uma opinião formada sobre seus direitos sexuais e reprodutivos e, principalmente, sobre as diferentes opções anticoncepcionais, de maneira que sejam capazes de realizar uma escolha livre e informada”, explica o ginecologista e obstetra Alberto Jorge Guimarães. Ou seja, a decisão pelo anticoncepcional não deve ser a primeira escolha: exames, histórico familiar e perguntas sobre eventuais problemas de saúde e hábitos da paciente também devem estar presentes na consulta.
Consultoria Wesley Schunk, nefrologista e nutrólogo; Alberto Jorge Guimarães, ginecologista e obstetra