O Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta, principalmente, a memória. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente estima-se que cerca de 35,5 milhões de pessoas ao redor do mundo sofram com o Alzheimer e a expectativa é de que, até 2050, esse mundo dobre. O aumento da expectativa de vida pode ter ligação com o crescimento de diagnósticos da da doença, pois os idosos são mais suscetíveis à doenças degenerativas. Para quem convive com quem tem a doença, quanto mais informações a respeito dela, melhor. Por isso, separamos 5 verdades sobre o Alzheimer. Confira!
1. No Alzheimer, a memória recente é afetada primeiro. É normal se lembrar de episódios passados, como na infância, e se esquecer do que acabou de dizer, por exemplo. “Isso acontece porque a memória recente não é fixada no cérebro, ela vai e volta, como se fosse a memória de trabalho do computador, ela é substituída incessantemente”, explica o neurologista Cleverson de Macedo Gracia.
2. Além do esquecimento, sintomas comportamentais são comuns em quem sofre com a doença. Ansiedade, depressão, agressividade e desorientação são frequentes. “Em casos de episódios repetitivos de agressividade, o médico deve ser avisado para avaliar a necessidade de medicamentos”, explica a psicóloga Natália Costa. A profissional ainda alerta que a presença da família é fundamental para assegurar ao paciente que ele está amparado.
3. O Alzheimer não tem cura, mas o tratamento pode retardar o avanço da doença. Além disso, os medicamentos podem amenizar os distúrbios de comportamento, como depressão e ansiedade, por exemplo. “O bom suporte clínico, com controle das complicações clínicas e um apoio de fisioterapia e fonoaudiologia, além de cuidadores e familiares bem preparados e com bom entendimento da doença, comprovadamente melhoram muito os cuidados e a qualidade de vida do paciente com Alzheimer”, aponta o neurologista Daniel Schachter
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4. O Sistema Único de Saúde (SUS) deve oferecer tratamento integral gratuito para portadores de Alzheimer. O indivíduo que tem plano de saúde também pode solicitar o tratamento. “O paciente ou o familiar deve requerer administrativamente o seu tratamento médico, via SUS ou via plano de saúde. Havendo a negativa, o paciente pode recorrer ao poder judiciário”, assegura a advogada Cláudia Nakano. O site da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) fornece informações sobre o assunto e o da Receita Federal oferece especificações sobre a isenção do imposto de renda.
5. Dependendo do estágio da doença, é importante que o portador saiba que está com Alzheimer. “Se for na fase inicial ou mediana, o indivíduo deve ser conscientizado da evolução progressiva da doença e de que as habilidades não serão recuperadas. Além disso, o portador de Alzheimer precisará do auxílio dos familiares e, quando for o caso, de profissionais especializados”, indica Márcia Mathias, especializada em psicologia clínica.
Consultoria Cleverson de Macedo Gracia, neurologista; Natália Costa, psicóloga; Daniel Schachter, neurologista; André Gustavo Lima, neurologista; Cláudia Nakano, advogada; José Ibiapina Siqueira Neto, professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC); Márcia Mathias, especializada em psicologia clínica; Thereza Cristina Winckler, professora de medicina.