Desde o surgimento da Bíblia, muitas críticas surgiram indo além do aspecto da popularidade das sagradas escrituras. Uns chamam de aterrorizantes, outros de contraditórios e exagerados e até de descabidos alguns dos fragmentos bíblicos. Assim, vários assuntos começaram a ser questionados e, até hoje, não deixou de ser, por exemplo…
A PENA DE MORTE
“Quem ferir alguém, de modo que este morra, certamente será morto” (Êxodo 21:12)
Nos textos da Bíblia, a pena de morte era um fato e não um assunto discutido como acontece hoje. Apesar da contradição – já que no sexto mandamento é dito “Não matarás” – a pena de morte é aplicada, principalmente para crimes muito graves como o assassinato, e é decidida por cada governo.
O professor de cultura religiosa da Faculdade de Direito Padre Arnaldo Janssen, Luciano Gomes dos Santos lembra que a Bíblia não dá uma resposta definitiva sobre a pena de morte, mas aquele que atentasse contra a vida e a integridade de outra pessoa ou servisse a outros deuses merecia pena de morte. Isto devia servir como exemplo para os outros, para manter a pureza do povo.
Já no Novo Testamento, quem decidia se a pena de morte seria aplicada ou não era o governo romano. “A lei dos judeus não era considerada pela legislação romana. O governador Pilatos admitiu que Jesus não tinha feito nada que merecia morte, mas mandou executá-lo”, comenta Santos. Isso provavelmente indica que os romanos tinham orientações sobre a aplicação da pena de morte, porém não eram regras definitivas. Se uma pessoa fosse um cidadão romano, podia apelar em última instância a César, que decidiria se devia morrer ou não.
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TEXTO: Redação Alto Astral EDIÇÃO: Nathália Piccoli
CONSULTORIA: Luciano Gomes dos Santos, professor de cultura religiosa da Faculdade de Direito Padre Arnaldo Janssen.