Já foram feitos testes e mais testes a fim de analisar a sorte das pessoas. É um assunto que intriga a ciência porque, com a lógica e o método que fazem parte do campo científico, como entender algo tão “abstrato” quanto isso.
Ciência X aumentar a sorte
Em um dos diversos testes já realizados, alguns voluntários foram divididos entre sortudos e azarados, de acordo com o que eles mesmos se consideravam.
Conforme as etapas do experimento foram passando, ficou comprovado que todos tinham a mesma chance de ter sorte e azar. O que mudava era que as pessoas se achavam diferentes – para o bem ou para o mal – e isso acaba tornando-as diferentes de verdade.
Dessa forma, nada mais certo do que dizer que uma pessoa é sortuda porque se comporta de maneira sortuda. “Um indivíduo que acorda cedo e trabalha o dia todo para conquistar algo tem mais potencial de realizar alguma coisa, o que, para os demais, pode parecer sucesso e destino. Quanto mais chances, mais prática e maior a possibilidade de conseguir alcançar determinado resultado”, afirma o neurocientista Aristides Brito.
Na realidade, os sortudos se beneficiam das oportunidades que surgem pelo caminho, formando uma espécie de ciclo vicioso da sorte. Preste atenção no seguinte exemplo: uma pessoa que se considera azarada acaba se irritando facilmente com uma fila na padaria e fica de cara fechada – deixando possíveis momentos bons escorrerem pelas mãos.
Por outro lado, aqueles que se sentem sortudos aproveitam a mesma fila para bater papo (até porque, segundo a própria ciência, pessoas sortudas exibem em média 27% maior extroversão em testes de personalidade) e conseguem extrair coisas boas dessa situação. É nessa hora que o sortudo que fez amizade na fila descobre a mulher logo à frente está vendendo justamente o modelo do celular que ele estava querendo.
No fim, a sorte apareceu para quem deu a oportunidade disso acontecer. “Pessoas sortudas ou azaradas são aquelas que acreditam ter sorte ou azar e acabam agindo inconscientemente de acordo com isso”, completa o médico homeopata Roberto Debski.
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Texto: Larissa Tomazini – Edição: Victor Santos
Consultorias: Aristides Brito, neurocientista; Roberto Debski, médico homeopata