Nas últimas décadas, muitas coisas passaram por significativas transformações, uma delas, em especial, as relações afetivas. A ideia de uma pessoa ser o remédio para a felicidade da outra, que nasceu com o romantismo, está predestinada a desaparecer, pois, nos relacionamentos modernos, o que se preza é a existência da individualidade, do respeito, da confiança, do companheirismo e do prazer em estar junto. Uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar não satisfaz mais, como acontecia em tempos passados. A palavra de ordem deste século é “parceria” – uma troca do amor de necessidade pelo amor de desejo, em outras palavras, a pessoa gosta e deseja estar na companhia de outra, mas não precisa necessariamente.
Os indivíduos, principalmente os jovens, distanciam-se cada vez mais do príncipe encantado, procuram um companheiro de viagem. É o que comenta Leila Peric, psicóloga especialista em terapia cognitivo-comportamental: “os jovens cada vez mais se afastam dos sonhos de príncipes encantados em seus cavalos brancos; os idosos, diferentemente, ainda possuem a concepção de ‘meu único e verdadeiro amor’. Os relacionamentos, hoje, precisam ser inteiros e seguros, necessitam trazer companhia para os momentos bons e também para os difíceis, uma relação de cumplicidade e respeito à individualidade de ambos”.
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Texto: Nathália Piccoli
Consultorias: Leila Peric, psicóloga especialista em terapia cognitivo-comportamental