Então, você se planejou perfeitamente. Mergulhou 100% no seu objetivo e deu o seu melhor. No entanto, algo deu errado. Ou pior, tudo! Seja qual for o obstáculo que te impediu de conquistar sua meta, existem maneiras de recomeçar. Que tal conhecê-las?
Uma das principais causas que levam à frustração de um determinado plano é que nem tudo depende apenas do nosso esforço. “A maioria das coisas na vida está sujeita a variáveis externas”, comenta a psicóloga Yara Leal. “Isso não deve nos impedir de fazer tudo que está ao nosso alcance para nos prepararmos e agirmos em direção ao que almejamos”, acrescenta.
Desse modo, é fundamental ter consciência de que o que dependia de você está feito. A parte do outro, não temos como controlar. E o que fazer quando, inevitavelmente, o fracasso bate na porta? A psicóloga Graziela Vanni dá as dicas.
Caminhos para quando TUDO dá errado:
“Vamos lá: fiz tudo certinho e me frustrei. Primeiro passo: fico triste, o que é natural. Segundo passo: me pergunto o que aprendi. Terceiro: o que farei de diferente na próxima vez? E, ao final, neutralizo meus pensamentos, entendendo que ‘tudo tem seu tempo’, ‘minha hora vai chegar’, essas coisas”, explica Vanni. São as chamadas crenças funcionais.
Por fim, quando a poeira abaixa, surge a derradeira e inevitável dúvida: dá para tirar alguma lição da derrota? “Aprender com o fracasso é o remédio amargo para quem quer vencer no século 21”, aponta o psicólogo Armando Ribeiro.
A frustração dói, mas com apoio das crenças funcionais, inicia-se o processo de aceitação. E é durante ele que nos perguntamos que lição tiramos do insucesso e traçamos o que faremos de diferente da próxima vez. “A vida é um eterno recomeço, mas devemos estar preparados para isso”, finaliza a psicanalista Cristiane Martin.
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Texto: Victor Santos Edição: Érica Aguiar Arte: Mary Ellen Machado
Consultorias: Armando Ribeiro, psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência Portuguesa de São Paulo; Cristiane M. Maluf Martin, psicanalista; Graziela Vanni, psicóloga cognitivo-comportamental; Yara Leal, psicóloga.