Psicologia analítica: conheça os métodos da corrente junguiana

Apesar de ter uma relação próxima com a psicanálise, a corrente junguiana diverge desta em alguns pontos, como nos métodos empregados para ajudar o paciente

- FOTO: Reprodução/Shuterstock Images

O modelo desenvolvido pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung surgiu a partir de estudos feitos por Sigmund Freud. Contudo, há algumas divergências entre suas teorias, o que influenciou na criação de métodos de abordagem do paciente diferentes para cada uma.

 

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Divã é coisa da psicanálise

O modelo de Freud contava com o uso do famoso divã. Segundo a psicóloga junguiana Cristiane Vilaça, “Freud o fez por entender que ouvir o paciente deitado e olhando para um teto, sem qualquer tipo de informação, pudesse permitir que o indivíduo não fosse afetado por imagens ou símbolos e até mesmo pelo próprio analista“. No entanto, o divã nunca foi uma regra entre os psicanalistas. Para Jung, “o divã não era necessário, uma vez que ele entendia ser importante a relação entre analista e paciente, ou seja, o confronto direto e pessoal que se forma nas relações pessoais”, elucida a psicóloga. E ainda acrescenta: “para ele, o analista deve ser receptivo a tudo que se apresentar e vier ao seu encontro”.

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Para a psicologia junguiana, o eemprego do divã nas consultas é desnecessário. FOTO: Reprodução/Ingram Publishing

Camadas do inconsciente

Para Jung, existem duas camadas no inconsciente. A primeira reúne as experiências pessoais que podem ser reprimidas, esquecidas ou ignoradas. Já a segunda se refere ao inconsciente coletivo, como instintos e arquétipos herdados da humanidade. A tentativa da psicologia junguiana é estabelecer com o inconsciente uma interlocução, de forma a gerar indivíduos melhores.

A importância da espiritualidade

Religião, segundo a psicologia analítica desenvolvida por Jung, é algo natural da psique humana coletiva, que se manifesta por meio dos arquétipos, nos sonhos, mitos e ritos. Além disso, a necessidade espiritual do homem em estabelecer rituais, símbolos e crenças religiosas seria uma forma de estruturação psíquica.

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Para Jung, a religião é algo natural da psique humana. FOTO: Reprodução/Shutterstock Images

Sonhos sem sentido? Talvez nem tanto

“Para Jung, os sonhos são um produto psíquico como outro qualquer. Isso significa dizer que são a maneira pela qual o inconsciente busca passar uma mensagem e, em razão disso, devem ser considerados como um elemento que faz parte da psique do indivíduo”, explica Cristiane Vilaça. De acordo com a psicóloga, o autor acreditava “haver um propósito da psique ao trazer, por meio dos sonhos, conteúdos, muitas vezes inconscientes, que necessitam ser percebidos e elaborados. para tanto, é necessária uma interpretação abrangente e amplificadora”.

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A corrente junguiana defende que a psique tem um propósito ao nos fazer sonhar. FOTO: Reprodução/Vinicius Tupinamba e Shutterstock.com

 

Texto: Érica Aguiar Edição: João Paulo Fernandes

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