Durante o período da Inquisição, diversos métodos de tortura foram utilizados para condenar os indivíduos ditos infiéis. Entre os mais conhecidos estava o potro, espécie de cavalo de madeira sobre o qual o herege permanecia deitado, com o intuito de cortar a circulação sanguínea dos membros com o uso de cordas.
O dispositivo funcionava da seguinte maneira: primeiramente, havia a dormência. Depois, a limitação dos movimentos e, se prolongada, a ausência da circulação, podendo levar à necrose.
Para obter uma pressão potente sobre o corpo da vítima, as cordas amarradas em seus punhos e tornozelos não eram apertadas manualmente, mas por uma roldana, facilitando o trabalho do torturador. E, embora não tivesse sido construído para decepar, o potro poderia muito bem cumprir essa função (para isso, deveriam ser usadas cordas mais finas, e os torturadores costumavam ter materiais de diferentes espessuras).
Em busca da confissão, os inquisidores apostavam na supressão dos membros até que ocorresse a morte dos nervos, o que possivelmente levaria o réu a amputar mãos e pés.
LEIA TAMBÉM
- Inquisição: conheça a cadeira utilizada para tortura no século 19
- Berço de Judas: método de tortura usado pela Igreja contra os hereges
Texto: Tatiana Santos Edição: Érica Aguiar Arte: Guilherme Laurente