Quando pensamos, colocamos nossa atenção em algo. E é daí que vem a importância do pensamento positivo. De acordo com a psicóloga e psicoterapeuta Maura de Albanesi, o otimista traz um sentido maior para a vivência, porque mesmo que a pessoa passe por uma doença grave, ela tem a tendência de entender esse momento como algo que precisa enfrentar e vai superar. “Isso traz positividade e incentivo de melhora. Com isso, é alavancado um poder imensurável, na mente, de trabalhar positivamente. Todos esses aspectos contribuem para uma vida melhor e um bem-estar muito grande”, conclui a profissional.
Efeito placebo
Nesse sentido, podemos começar a entender o efeito placebo, que nada mais é do que a simulação de um medicamento. Podem ser pílulas de açúcar, de farinha ou até injeções que possuem substâncias sem propriedades farmacológicas. Na realidade, o que importa é que a crença da pessoa na melhora acaba gerando resultados positivos no organismo. Esse método é utilizado até mesmo no teste de desenvolvimento de novos medicamentos. Em tal caso, pacientes com o mesmo sintoma são divididos em dois grupos: um deles toma o remédio e o outro ingere uma pílula idêntica, só que sem nenhum composto químico – sem saber que o está fazendo. Quatro em cada dez pacientes tratados com placebos relatam melhoras semelhantes aos que realmente receberam a medicação. Essa sensação só é obtida porque as pessoas acreditavam que, de fato, estavam sendo tratadas com remédios e seus cérebros foram capazes de produzir essa recuperação do organismo.
O contrário também…
“Tudo isso abre canais neurais extremamente poderosos para que a cura se estabeleça. O placebo só vem a confirmar o quanto podemos usar o nosso poder mental para a cura, criando outros caminhos de soluções para os obstáculos que estamos enfrentando”, elucida Maura, acrescentando que também podemos usar nossa mente para gerar consequências negativas, como ocorre com o nocebo – quando as pessoas recebem informações de que terão efeitos colaterais e, de fato, elas apresentam esses efeitos (o nocebo é uma indução negativa).
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Texto: Érika Alfaro Edição: Ana Beatriz Garcia Consultoria: Maura de Albanesi, psicóloga e psicoterapeuta