As transformações sempre têm um pontapé inicial. Ficar estagnado se torna um incômodo, ainda mais quando não temos certeza do que queremos. O processo que envolve uma mudança pode ser uma maneira de nos desvencilhar dos comportamentos nocivos e buscar outros panoramas. Mas afinal, o que faz uma pessoa querer mudar? A falta de perspectiva é um dos fatores. Uma pesquisa de 2015, feita pela Michael Page, empresa especializada em seleção de profissionais, mostrou que 74% dos brasileiros pensam em mudar de emprego. Dentre as principais razões para esse pensamento, estão a busca por possibilidade de ascensão profissional e melhor qualidade de vida. Essas características vão muito além da questão monetária, passando por um ambiente com boas condições de trabalho e reconhecimento do esforço. Outro fator envolvido em nossa transformação é a rotina, que costuma atormentar quem procura variadas perspectivas de vida. A psicóloga Rosana Machado destaca que esses comportamentos repetitivos “podem tanto aprisionar quanto auxiliar na decisão de mudança”.
De acordo com Rosana, a auto-observação e a busca por relações mais autênticas podem exercer maior influência nessa escolha. “A rotina demonstra o apego às ideias ou crenças”, completa a especialista. Esse apego se transforma em um padrão do medo, que nos seduz pelo conforto e estabilidade e, conforme elucida a psicóloga, “impede de viver plenamente. Quem escolheu um caminho diferente, ousou, criou e caminhou, acreditando no sonho”. Entretanto, não existe hora certa para a transformação. Esse estopim só se concretiza depois de uma percepção pessoal dos aspectos negativos. “Quando aquela situação ou jeito de viver estiver te estagnando; quando se sentir vivendo em tédio ou desânimo constante, então é hora de refletir e movimentar-se para a mudança”, explica Tatiana Serra.
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Texto: Angelo Cherubini e Nathália Piccoli
Consultorias: Psicóloga especialista em psicologia transpessoal Rosana Machado; psicóloga do Hospital Beneficência Portuguesa, Tatiana Serra,