O humorista e ator Paulo Silvino morreu na manhã desta quinta feira, 17 de agosto, aos 78 anos de idade devido a um câncer no estômago. Segundo informações da Central Globo de Comunicação, o comediante lutava contra o mal há algum tempo, vindo a óbito em casa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O filho mais novo do ator, João Paulo Silvino, lamentou a morte do pai nas redes sociais. “Que Deus te receba de braços abertos meu pai amado”, colocou como legenda de uma foto de Paulo Silvino. A fatalidade pegou de surpresa os fãs do artista, que aproveitaram a publicação para deixar mensagens de apoio à família.
Paulo Silvino contra o câncer
Em entrevista para o G1, a família do humorista revelou que ele estava em tratamento desde 2016, sendo submetido, neste período, a uma cirurgia. Porém, sem avanços significativos, o câncer acabou se espalhando pelo organismo, tornando a intervenção médica mais trabalhosa e complicada.
Os familiares, então, optaram que ele fizesse o tratamento em casa, acompanhado pelos entes queridos e uma assistência especializada. A ideia era trazer comodidade ao artista, além de receber o apoio e ficar próximo das pessoas que o amam.
Relembre alguns personagens de Paulo Silvino
Ator e humorista
Paulo Ricardo Campos Silvino nasceu em 27 de julho de 1939, no Rio de Janeiro. Pisou a primeira vez no palco aos nove anos de idade, quando ajudou um ator a lembrar as falas da peça da qual o seu pai, o também comediante Silvério Silvino Neto, participava. Cresceu nas coxias do teatro e nos bastidores da rádio.
“Eu nasci nisso. Com seis, sete anos de idade, frequentava os teatros de revista nos quais o papai participava. Ele contracenava com pessoas que vieram a ser meus colegas depois, como o Costinha, a Dercy Gonçalves”, disse o ator em entrevista ao Memória Globo.
Com a mãe, Noêmia Campos Silvino, pianista e professora, trouxe à tona um outro talento: o da música. Na adolescência, ele passou a se apresentar como vocalista de uma banda de rock. Durante os shows, seu lado cômico passava a ganhar destaque. A primeira performance profissional do artista aconteceu em 1956, quando cantou dois sucessos de Little Richards para a platéia do Programa César de Alencar, na Rádio Nacional.
Na época, definiu Paulo Ricardo como seu nome artístico, na tentativa de evitar associações com o pai. Iniciou a carreira no rádio nos anos 1960, quando também se juntou ao elenco da TV Rio. Na década de 1970, o comediante entrou para o elenco da Rede Globo. Trabalhou nos programas Faça Humor, Não Faça Guerra (1970), Uau, a Companhia (1972), Satiricom (1973) e Planeta dos Homens (1976). Em Zorra Total (1999), seu personagem Severino (que analisa “cara e crachá”) se tornou um dos papéis mais populares entre o público. Seus personagens sempre tiveram a zoação e a felicidade como características principais.
Paulo Silvino criou diversos bordões ao interpretar, alguns exemplos são: “Ah, eu preciso tanto!”, “Eu gosto muito dessas coisas!”, “Guenta! Ele guenta!”, “Ah, aí tem!” e “Dá uma pegadinha!”.
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