Difundido principalmente na Europa Central, região que abraça também a Alemanha (embora pouco se aprofunde sobre a Inquisição naqueles territórios), o instrumento foi usado até metade do século 19 para interrogar e forçar suas vítimas a confessar seus “pecados”.
O modelo da cadeira poderia variar, sendo que algumas contavam com pontas mais longas e afiadas, e existia ainda um tipo que permitia o aquecimento do assento por meio de brasas colocadas embaixo da “poltrona”, causando um efeito ainda mais doloroso.
A estrutura de madeira tinha, em média, duas mil pontas, além dos fechos que prendiam o acusado pelas mãos, pernas e pelo tronco. Estes fechos não serviam apenas para impedir que a vítima tentasse fugir, mas também para pressionar os membros contra os “pregos”, forçando a penetração das pontas de metal na carne.
Consequências
De praxe, o réu deveria estar nu e, sentado, responderia às perguntas dos inquisidores enquanto teria seu corpo perfurado. É pouco provável que a cadeira da Inquisição pudesse ocasionar a morte, mas seus efeitos permanentes eram traumáticos: “furos” por toda a extensão do tronco, das pernas e dos braços e, o pior, por terem sido causados por metal quente, eram lesões já cauterizadas e a pele ao redor jamais se regeneraria.
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Texto: Redação Alto Astral Edição: Nathália Piccoli