A guerra aos pelos foi declarada há muito tempo. Se, na década de 1980, a atriz Claudia Ohana fez sucesso ao posar para a revista Playboy com os pelos pubianos em excesso, o século 21 veio para impor uma nova tendência: a depilação total.
Depilação à brasileira
O movimento surgiu no Brasil no fim dos anos 1980. A moda, na época, era a depilação cavada, que consiste em raspar os fios laterais e deixá-los concentrados apenas no meio. Variações, como o “bigodinho”, surgiram e, naturalmente, caminharam para a eliminação total dos pelos. “Nas últimas décadas, esse conceito estético passou a vigorar e foi sobrevalorizado, conduzindo a mulheres e homens a preferirem esta maneira de se apre – sentar o genital”, analisa o psicoterapeuta de casais e sexual Oswaldo Rodrigues Jr..
Moda-exportação
Engana-se quem pensa que apenas as brasileiras aderiram à prática. Denominado “Brazilian wax”, a moda pegou lá fora também. Um estudo – que vem sendo considerado o mais completo sobre o assunto – publicado pela revista científica Jama Dermatology, da Associação Médica Americana, mostrou que as norte-americanas estão recorrendo à depilação. A pesquisa entrevistou 3.300 mulheres, das quais 2.778 (84%) já haviam retirado os pelos em algum momento na vida. Destas, 1.710 (62%) aderiam à depilação total. A prática, segundo o estudo, é mais comum entre jovens, brancas e com um maior tempo de escolaridade.
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Texto: Augusto Biason/colaborador
Consultoria: Oswaldo Rodrigues Jr., psicoterapeuta sexual e de casais