Você já ouviu falar – ou você mesmo deve ter dito – que o WhatsApp, o Facebook e outras criações digitais deixaram tudo mais fácil e prático. De fato, aplicativos e redes sociais provocaram uma revolução na maneira como compartilhamos informações e agilizamos a comunicação. Mas conversar, não. Em entrevista ao site da companhia Amplify, o guru da inteligência emocional, Daniel Goleman, explica que, quando enviamos uma mensagem eletrônica, como um e-mail, nossos circuitos inibitórios da mente não obtêm um feedback da outra pessoa, ao contrário de uma interação face a face.
Gestos, expressões corporais e tom de voz são alguns elementos da comunicação pessoal que não podemos enviar pelo WhatsApp espontaneamente, mesmo com a diversidade de emojis que temos hoje. Dessa maneira, “não há nenhum canal para emoções com e-mail”, conclui Goleman. Sabemos que boa parte das nossas relações passou a ocorrer via web. Enviamos imagens, textos, vídeos, mas raramente conversamos de fato. Na internet, também é possível bloquear ou deletar aquela pessoa que pensa diferente de nós, ou nos fechamos em grupos que pensam como nós, num terreno em que o verdadeiro diálogo não pode acontecer. “Se não há diálogo, não há trocas, nos fechamos em nós”, salienta a filósofa clínica Monica Aiub.
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Texto: Thiago Koguchi Edição: Angelo Matilha Cherubini