Nesta quinta-feira (23/03), completa cinco anos da morte do humorista Chico Anysio . O comediante se foi aos 80 anos, deixando um legado de 209 personagens, além de diversos trabalhos como ator, roteirista, diretor e escritor. Cearense de Maranguape, Chico desde cedo demonstrava talento na arte da imitação de personalidades e na criação de tipos caricatos.
Após 65 anos de carreira, personagens como Professor Raimundo, Alberto Roberto e Bento Carneiro ganharam destaque na TV brasileira, caindo no gosto popular. O Canal Viva também entrou no clima das homenagens e preparou um especial que terá início às 20h, exibindo alguns dos principais papéis e quadros de Chico Anysio . Dentre os episódios que serão televisionados estão o primeiro capítulo da “Escolinha do Professor Raimundo” e “Chico City”.
Bateu aquela saudade do humorista? Então, relembre os personagens mais marcantes da sua trajetória:
Previous Next De fato, o personagem mais conhecido do público criado por Chico Anysio é o Professor Raimundo . A "Escolinha" teve início na rádio, migrando para a televisão em 1957, exibida pela Rede Globo. O magistrado comandava uma sala de aula bem excêntrica, com alunos caricatos e histórias únicas. Por ser mal-remunerado, o Professor vivia reclamando, foi daí que nasceu o bordão "E o salário, ó!". Foto: Reprodução/MemoriaGlobo Alberto Roberto era um apresentador e ator que se considerava um símbolo sexual. Com uma rede que prendia o cabelo, sofria com o estrelismo, interrompendo as entrevistas com algum convidado e estressando o diretor do programa. "Não garavo" era o bordão do personagem. Foto: Reprodução/MemoriaGloboBento Carneiro era um vampiro simpático, de pouca maldade. Morava em um castelo junto com o seu braço direito, o Calunga (que era interpretado pelo seu filho Lug de Paula). Seu bordão era "Bento Carneiro, o vampiro brasileiro... pzztt!". Foto: Reprodução/MemoriaGloboJusto Veríssimo era o típico político corrupto, só que sem papas na língua. Com seu bigode à la Hittler, direto da cidade de Santo Cristo, o personagem tinha bordões como: "Quero que pobre se exploda" e "Tenho nojo de pobre". Foto: Reprodução/MemoriaGloboTípico malandro carioca, Paulo Maurício Azambuja foi jogador de futebol do Bonsucesso e fez parte de uma banda ainda jovem. Filho de Dona Lupicínia (Haydée Fernandes), vive aplicando golpes pelo Rio de Janeiro na companhia do amigo Linguiça (Wilson Grey). Foto: Reprodução/MemoriaGlobo Altino Belo Tavares da Cunha também era um malandro carioca, mas diferente de Azambuja, vivia bêbado e não aplicava golpes. Casou-se com a rica e esquisita Elisabeth (Zezé Macedo), a qual é chamada por ele de Biscoito. Seu principal bordão era "Business é business.". Foto: Reprodução/MemoriaGlobo Natural da Paraíba, Onestaldo Veridiano da Silva é um caixeiro-viajante. Mesmo não sendo nem um pouco galante, o personagem é bastante assediado pelas mulheres. Seu principal bordão era "Safadim, safadim… bunitim!". Foto: Reprodução/MemoriaGlobo Salomé era a ex-professora do presidente João Batista Figueiredo. Gaúcha, com um sotaque forte, ela ligava constantemente para o antigo aluno, tecendo críticas e exigências. Chamava-o de "Guri" e transmitia as mensagens dos telespectadores a ele. "Barbaridade, tchê! Eu faço a cabeça do João Batista ou não me chamo Salomé", era o bordão da personagem. Foto: Reprodução/MemoriaGloboPantaleão era um fazendeiro aposentado que usava um óculos com uma das lentes totalmente preta. Sentado em sua cadeira de balanço, ele contava diversas histórias surpreendentes, acompanhado da esposa Tertuliana (Suely May) e de Pedro Bó (Joe Lester). Foto: Reprodução/MemoriaGloboO pai-de-santo Ruy de Todos os Santos, também conhecido pelo apelido de Painho , era requisitado por diversas personalidade baianas. Às vezes deitado em sua rede, com colares bem coloridos, o personagem pronunciava frases como: "Aff! Eu tô morta!" e "Ai, que dor nos quartos". Foto: Reprodução/MemoriaGlobo Otávio Arlindo Antunes do Nascimento, também conhecido como Coalhada , era um jogador de futebol, que com ajuda do seu empresário e da sua mãe, passava por diversos clubes. Também vivia o estrelismo, considerando-se um craque e rebatendo as críticas que sofria. "Mas, hein?" era o bordão do personagem, pronunciado ao mesmo tempo que lambia os dentes. Foto: Reprodução/MemoriaGlobo Sérgio Dias Magalhães Marinho, também conhecido como Bozó , dizia para todos ser funcionário da Globo para, assim, conseguir entrar em eventos e festas. O personagem sempre andava com um crachá da empresa, mostrando vivamente para quem duvidasse do seu ofício. Ele ainda namorava Maria Angélica (interpretada por Alcione Mazzeo). Foto: Reprodução/MemoriaGlobo Urubulino era um sujeito bastante pessimista e agourento, que sempre acreditava que tudo daria errado. Usa cartola e casaca pretas, assemelhando-se a um urubu, por isso o seu nome. Seu bordão era "Mas pode piorar…". Foto: Reprodução/MemoriaGlobo
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