Há exatamente 20 anos, no dia 11 de outubro de 1996, falecia Renato Manfredini Júnior, ou, simplesmente, Renato Russo. Um dos maiores nomes da música brasileira, o cantor, compositor e fundador da banda Legião Urbana deixou um legado incontestável por meio de músicas e interpretações inesquecíveis. No dia em que a saudade mostra-se presente nos fãs e admiradores do seu trabalho, relembramos 7 fatos sobre a vida de Renato Russo:
1- Sofreu com uma doença rara na adolescência
Renato nasceu no Rio de Janeiro, no dia 27 de março de 1960. Por conta do trabalho do pai, que era funcionário público, viveu três anos nos Estados Unidos, em Nova Iorque. De volta ao Brasil, morou na capital do país, Brasília. Levava uma vida comum, até ser diagnosticado com epifisiólise, uma doença rara nos ossos. Dos 15 aos 16 anos, ficou de cama e se locomoveu com a ajuda de uma cadeira de rodas.
2- Começo na música
Desde jovem, Renato Russo costumava compor. Em 1979, formou sua primeira banda, o Aborto Elétrico – que contava com nomes como Felipe, ou Fê, (bateria), Flávio Lemos (baixo elétrico) e André Pretorius (guitarra). Depois de quatro anos com o grupo, resolveu abandoná-lo por conta de seus constantes desentendimentos com o baterista. Assim, a banda acabou se separando. Em seu momento solo, Renato ganhou a alcunha de “Trovador Solitário“.
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Legião Urbana, sua banda mais influente, e de maior sucesso, formou-se a partir do encontro com Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná (Kadu Lambach) e Paulo Guimarães.
3- Nome artístico
Além de músico, já trabalhou como professor de inglês e também como jornalista. No entanto, de qual das suas influências veio o nome artístico “Russo“? Muitos dizem que a inspiração veio dos franceses Jean-Jacques Rousseau e Henri Rousseau, mas a referência era, sobretudo, ao matemático e filósofo inglês Bertrand Russell.
4- Internação e publicação
Em 1993, o músico passou 29 dias internado em uma clínica de reabilitação, no Rio de Janeiro, por conta de sua dependência química. Nesse período, escreveu um diário, no qual revelou até os aspectos mais íntimos de sua vida. Tais textos foram publicados em 2015, pela Editora Companhia das Letras, no livro Só por Hoje e Para Sempre.
Confira um trecho da obra escrita por Renato Russo: “Me acham louco, é claro. Não só por causa de meu não conformismo (sou considerado polêmico por ter assumido meu homoerotismo publicamente em entrevistas e em shows), mas até por referências à minha dependência química (e dependência química em geral) em algumas de nossas canções. Também porque o público em geral parece exigir um comportamento dionisíaco de um artista e a reação nas apresentações ao vivo (principalmente quando danço ou finjo desmaios ou — pasmem — simulo masturbação no palco) é sempre a mesma: ‘Esse cara deve ser muito louco, meu'”.
5- Ele não gostava dos palcos
Na mesma entrevista, o cantor falou sobre seu vício, citando grandes nomes da música, como Kurt Cobain, e sua relação com os palcos.
6- Gravou um álbum em italiano!
Que ele deu aulas de inglês, já sabemos. No entanto, Renato também se arriscou no italiano, no álbum Equilíbrio Distante:
7- 25° lugar na lista de maiores artistas da música brasileira
Em 2008, a revista americana Rolling Stone publicou uma lista, destacando os maiores artistas da música brasileira de todos os tempos. O vocalista da Legião Urbana ficou com 25° posição (o número um, segundo a lista, foi Tom Jobim).
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Texto: Érika Alfaro / Arte: Guilherme Laurente