Em 29 de novembro de 2001, morria George Harrison, guitarrista dos Beatles, aos 58 anos de idade, após uma longa batalha contra um câncer do pulmão. Harrison era o “caçula” da banda – quando entrou para o grupo tinha apenas 16 anos.
Por ser o mais quieto dos quatro, George Harrison sempre ficou à sombra de John Lennon e Paul McCartney. A dupla era responsável pela maioria das composições do grupo, mas George também tiinha suas criações. Algumas de suas músicas estão entre as mais conhecidas gravadas pelos Beatles, como Here Comes The Sun e Something.
Elvis é pai
Com 13 anos, George Harrison teve sua vida completamente mudada enquanto passeava de bicicleta por uma rua de sua vizinhança em Liverpool. Em uma das casas do bairro, o rádio tocava Heartbreak Hotel, de Elvis Presley, e o garoto teve o que chamou de “epifania”: a partir daquele momento, a guitarra havia tomado conta de seus pensamentos, a ponto de passar horas desenhando o instrumento em seus cadernos escolares.
Com sua primeira guitarra, comprada por pouco mais de três libras e definida como uma “caixa oca com um buraco”, George aprendeu a tocar inspirando-se inicialmente nos grandes nomes do rockabilly, como Carl Perkins, Chet Atkins e Eddie Cochran, além de decifrar “cada solo obscuro dos discos de Elvis”, como definiu o amigo e músico Tom Petty para a Rolling Stone.
A relação de George com os Beatles começa quando o grupo ainda era chamado Quarrymen, no qual entrara por indicação de Paul. Ou seja, ele fez parte de toda a lendária trajetória da maior banda de rock de todos os tempos.
Carreira solo
Após o fim dos Beatles, em 1970, George se lançou em uma bem-sucedida carreira solo. Na verdade, antes mesmo de a banda acabar já se tornara o primeiro beatle a ter um álbum solo, com Wonderwall Music de 1968. No total, gravou 12 álbuns de estúdio, além de outros dois ao vivo.
Entre seus sucessos destacam-se My Sweet Lord, Give Me Love (Give Me Peace on Earth) e All Those Years Ago.
Também era o mais religioso dos quatro Beatles e foi responsável pela introdução de instrumentos orientais em composições do grupo à partir do álbum Revolver.
Certamente, não era o mais popular dos Fab 4, mas seu talento não ficava atrás de nenhum dos outros.