Quando um paciente apresenta tonturas e procura um pronto-socorro, é bastante comum que saia do consultório com o diagnóstico de labirintite. Porém, essa doença é um pouco mais complexa e necessita de uma investigação completa para que seja confirmada com total certeza. Por isso, para te ajudar a entender mais sobre ela, conversamos com o otorrinolaringologista José Stênio Dias. Confira!
O que é e o que causa a labirintite
Segundo o especialista, labirintite pode ser ou uma inflamação ou uma infecção no labirinto, o órgão responsável pelo equilíbrio. Dentre as principais causas, temos as de causas virais ou bacterianas, distúrbios emocionais, traumas físicos, uso indevido de medicamentos, alimentação incorreta, baixa imunidade e sequelas de outras patologias, como as otites e meningites.
Sintomas
Os principais sintomas da labirintite são as vertigens e os enjoos. Porém, é necessário diferenciar vertigem de tontura. “Vertigem é um tipo particular de tontura, e é este é o diferencial da doença. Nela, existe a alucinação do movimento, a sensação rotatória em relação ao meio ambiente“, explica José Stênio. Além disso, alguns pacientes apresentam sintomas auditivos associados, como tinidos e zumbidos.
Diagnóstico
O diagnóstico da labirintite é feito apenas baseado nos sintomas apresentados pelo paciente e por um exame físico, que deve ser realizado no consultório. “Neste exame, realizamos testes e manobras com o paciente e observamos as reações” afirma o doutor. “Exames específicos que estimulam o labirinto só são recomendados nos casos mais complexos e recorrentes“, acrescenta.
Antes de um diagnóstico final, é importante investigar outras doenças que possam apresentar sintomas semelhantes. Entre elas, estão as arritmias, os distúrbios de tireoide e etc.
Tratamento
Dieta pobre em cafeína, tratamento medicamentoso e repouso são as principais orientações para quem precisa tratar a labirintite. “Os medicamentos servem para evitar as vertigens e controlar as náuseas e devem ser usados por um período prolongado” comenta José. Em períodos de crises fortes, às vezes é necessário recorrer para medicação venosa e supervisão habilitada em ambiente hospitalar.
Vale lembrar que alguns pacientes específicos, como grávidas, lactantes e idosos que já consumam vários medicamentos, apresentam restrições a esse tratamento. Nesses casos, é ainda mais importante que seja feita uma correção dos erros alimentares. A labirintite tem cura, e geralmente não deixa sequelas, porém, é necessário que seja tratada com compromisso e responsabilidade tanto da parte do médico quanto da parte do paciente.
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FONTE: José Stênio Dias, otorrinolaringologista.