A Guia da Tevê teve um encontro com o ator Rodrigo Santoro, que retorna às telinhas em ‘Velho Chico’, próxima novela das 21h, da Rede Globo. O ator estava afastado da dramaturgia há mais de 13 anos, quando fez Mulheres Apaixonadas, em 2003, e falou um pouco sobre seu retorno: “Eu já tinha vontade há muito tempo de voltar a fazer novela. O convite de atuar em ‘Velho Chico’, veio do Luiz Fernando Carvalho, que é meu parceiro de muito tempo. Já tinha vontade de encontrar alguma coisa para fazer e essa novela veio na hora certa. Eu me emocionei muito com a história. A ideia de estar em uma novela me agradou muito”, afirmou o ator.
A novela de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Barbosa, com direção artística de Luiz Fernando Carvalho se passa no sertão nordestino e tem como trama central a rivalidade entre duas famílias que vivem em torno do rio São Francisco.
Para Rodrigo, a história dialoga com o público de uma forma diferente, por várias questões. A preparação para a novela, que terá duas fases, aconteceu em um galpão no Projac idealizado e montado pelo diretor artístico. Isso foi uma imersão importante no universo da história: “Amei passar pelo processo de preparação. Esse galpão é um lugar sagrado. Esse chão é um solo sagrado. Tudo foi gerado aqui. Tudo isso me fez voltar e me entregar de corpo e alma a esse projeto”, explica Rodrigo.
O galã, que já está com 40 anos, falou também como está sendo dividir a carreira entre a preparação e as gravações da novela e seus trabalhos internacionais. “Eu estou feliz, realizado e grato por tudo que está acontecendo em minha vida. No momento, estou fazendo uma série (Westworld) nos Estados Unidos, que tem começo, meio e fim. Por isso, eu consigo me planejar bastante”, revelou.
Na trama, Rodrigo dará vida a Afrânio Sá Ribeiro (vivido na segunda fase por Antonio Fagundes), herdeiro do coronel Jacinto (Tarcísio Meira). Após a morte do pai, Afrânio consegue triplicar o patrimônio da família e alargar os domínios de suas terras. Segundo o ator, o contato com o povo nordestino foi primordial para a construção do personagem: “Com essas gravações eu tive uma oportunidade muito grande de conhecer as entrelinhas do sertão. Foi uma experiência inesquecível. As pessoas que eu encontrei durante as gravações me tocaram muito”.
O ator conta também que se emocionou com as histórias e com a força única que o nordestino tem e aproveitava os intervalos das gravações para conversar com as pessoas. Rodrigo falou sobre um dos momentos vividos durante as gravações: “Teve uma locação que não tinha água. A produção contratou um caminhão-pipa para abastecer o local. Quando a gente chegou, a produção se preparou para a questão do assédio, mas eles estavam olhando para o caminhão, a grande estrela era a água. No fim do take, eu estava tomando banho de mangueira com aquelas crianças que estavam tão felizes. Elas só queriam celebrar a vida. Só isso. Foi marcante!”, relembrou Santoro.
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