Remédios que podem ser comprados sem prescrição médica

Confira o que realmente pode (ou não) estar nas cestinhas de compra

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Parece automático: quando se está em uma drogaria, os remédios expostos, alguns até com cartazes promocionais, chamam a atenção e é como se surgisse a necessidade de serem comprados, afinal, ter um analgésico, um antiácido ou um relaxante muscular na caixinha de primeiros socorros é sempre bom, não é? Não, não é.

De acordo com a endocrinologista Rosita Fonte, as recorrentes comprinhas na farmácia devem ser evitadas, já que nenhum medicamento deve ser usado sem prescrição médica, e que não existe nenhum sem possíveis efeitos colaterais. “O médico, quando os prescreve, tem ideia dos efeitos e dosa a quantidade a ser utilizada, conforme outras características ou doenças do paciente”, explica a especialista.

 

Mulher segurando pílulas de remédio

Foto: Shutterstock Images

Liberou (quase) geral

Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a liberação de medicamentos sem a necessidade de prescrição médica de ficarem ao alcance dos consumidores nas farmácias, voltando atrás da norma estabelecida em 2009, que obrigava a venda de todos os remédios somente pelo balcão.

As exigências agora se limitam à obrigatoriedade de ficarem próximos os medicamentos com os mesmos princípios ativos e ao alerta das farmácias para o risco da automedicação. Segundo Rosita, o fácil acesso aos fármacos estimula a compra e sugere, erroneamente, que não possuem efeitos colaterais. Além disso, a exigência da receita médica é fundamental.

“Comprovamos a importância da receita médica quando ela passou a ser exigida para a venda de antibióticos, o que diminuiu muito a automedicação desse medicamento”, destaca. Por isso, comprar à vontade, só curativos, cosméticos e produtos de higiene.

Os campeões

Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Health do Brasil, os medicamentos mais vendidos no país em 2011 foram Dorflex®, Neosaldina® e Cialis®. Os dois primeiros são analgésicos com composições parecidas, à base de dipirona, e que ficam nas gôndolas das farmácias.

O Dorflex® possui ainda o relaxante muscular citrato de orfenadrina, que o diferencia dos demais. Em altas doses, o medicamento pode causar queda de pressão em hipertensos e diminuição de reflexos, e por isso não se deve usá-lo combinado com outros relaxantes. Já o Cialis® é indicado para disfunção erétil e precisa ser adquirido com receita médica.

 

Liquidificador com pílulas dentro

Foto: Thinkstock/Getty Images

O mal invisível

Aquele remedinho parece inofensivo e a cura imediata para algum incômodo. Porém, todo medicamento tem contraindicações e é preciso atenção. “As medicações podem interagir com outras que o indivíduo esteja tomando, levando a efeitos adversos que podem ser graves”, adverte a endocrinologista.

Há ainda o fato de nunca se saber ao certo o que aquele sintoma significa, como uma dor de cabeça ou um resfriado.

“Existem mais de trinta causas de dor de cabeça e o medicamento indicado muda conforme a origem dela. Quanto ao resfriado, os sintomas iniciais são parecidos com os de outras doenças, que podem ser graves, necessitando de tratamento médico específico”, lembra Rosita.

– Ácido acetilsalicílico (AAS) – É contraindicado em casos de dengue, que no início do quadro pode ser confundido com uma gripe. “Os analgésicos e antitérmicos mais populares  – a dipirona, o paracetamol e o AAS – têm indicações específicas e efeitos colaterais relativamente comuns”, alerta Rosita.

 – Descongestionantes nasais – Podem piorar os sintomas, causarem hipertensão em predispostos e são contraindicados para pacientes com arritmia cardíaca.

– Anti-histamínicos (antialérgicos) – Costumam dar sono e diminuir a atenção, sendo perigosos para quem dirige ou necessita de atenção em seu trabalho.

Consultoria: Rosita Fontes, endocrinologista do laboratório Sérgio Franco Medicina Diagnóstica

 

 

Revista Sua Saúde

 

 

 

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