Paola Carossela, uma das juradas do MasterChef Brasil, que estreou sua segunda temporada na última semana, conversou com o Papo Feminino e contou detalhes sobre como é a avaliação dos pratos no reality, além da relação dela com os funcionários de seu restaurante. A chef de cozinha também fez um balanço da primeira edição do programa e contou como estão alguns dos competidores. Confira!
Foto: Divulgação/Band
Papo Feminino: Às vezes, você acha que é rigorosa demais?
Paola: “Rigorosa demais é quando pede de alguém algo que ela não pode dar e quando você a machuca. Uma exigência dentro dos limites da capacidade do outro é nutritiva, é como você educa. A gente tenta estimular a pessoa que escolheu sozinha estar no MasterChefe – ninguém foi buscá-la na casa dela – a ir até o limite de seus talentos e se superar a cada programa. Se a gente der colo para toda coisa errada que fizerem, não teríamos programa. O MasterChef acabaria no primeiro capítulo”.
Papo Feminino: Você entendeu isso desde o princípio?
Paola: “Eu queria dar colo para todo mundo, ensinar a descascar cebola, mas não podia, não é o formato do programa…”
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Papo Feminino: Ficou muito sentida por alguém não ter chegado à final da primeira edição?
Paola: Acho que quem chegou, mereceu, e as pessoas foram saindo na hora certa. A TV te apresenta o mundo e, depois, o que você faz com aquilo que tem é mérito próprio. O Jaime (participante do MasterChef 1), por exemplo, tem uma ONG que ensina os meninos da periferia a cozinhar. Acho que ele ganhou o que queria no MasterChef. Para ele isso foi mais importante do que o prêmio. Tanto a Helena quanto o Lucio (ex-participantes também) têm uma empresa onde eles cozinham e se divertem cozinhando. Acho que foi bom para todos”.
Papo Feminino: Quando vocês provam a comida, pensa no que vai dizer ou improvisa?
Paola: “Tem vários formatos de provas. Na prova da caixa misteriosa, a gente come e avalia. As provas de eliminação a gente come e depois da um feedback. A gente não tem tempo de parar e elaborar um roteiro. É tudo muito espontâneo”.
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Papo Feminino: Depois do programa as pessoas passaram a querer que você provasse os pratos delas?
Paola: “As pessoas mandam fotos dos pratos e pedem para eu avaliar. Recebo muitas imagens. As minhas influências, as coisa que leio, estudo e almejo estão um pouco acima do patamar do amador. Eu posso me surpreender com uma comida feita com muito amor. Mas descobrir um talento oculto só pela apresentação não é tão fácil assim”.
Papo Feminino: Como você lida com os funcionários do seu restaurante?
Paola: “Posso falar que tenho cozinheiros que trabalham comigo desde o dia em que abri. Treino, dou muitas oportunidades, dou colo e crio uma cozinha em que a infra-estrutura, a quantidade de cozinheiros, a matéria prima e as receitas e proporção de pratos no cardápio para os clientes não sejam mais rígida e difícil do que o trabalho de uma cozinha já é. Não tem grito, não tem insulto. Sou muito tranquila. Gosto de trabalhar com pessoas calmas mesmo quando estão sob pressão”.
Papo Feminino: Se alguém comete alguma falha, como você reage?
Paola: “Aprendi ao longo dos anos a criar situações em que a pessoa não chega a pisar na bola em um ponto crítico. Então, dificilmente chegamos a pisar na bola tão gravemente”.
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Papo Feminino: Como você lida com o reconhecimento?
Paola: “As pessoas são muito carinhosas. Eu sou um pouco oculta: passo bastante tempo fora do Brasil, muito tempo dentro da cozinha e muito tempo dentro da minha casa com a minha filha. Então, não sou uma pessoa de muita vida social. As pessoas que encontro nos lugares são muito amorosas. Então, realmente, é uma satisfação conversar um pouco, fazer uma foto…”
Papo Feminino: Você cozinha em casa?
Paola: “Cozinho, claro!”
