Quem tem animais de estimação sabe que é quase impossível resistir àquele olhar pidão de quem quer um pedacinho de doce ou de carne, não é mesmo? Tanto é que frequentemente acabamos dando para cães e gatos alimentos que não fazem parte da alimentação ideal e podem fazer muito mal para eles. Claro que essa não é a nossa intenção, mas é preciso tomar cuidado. Conversamos com a veterinária Janaína Biotto para entender melhor o que pode e o que não pode dar para os pets comerem. Confira!
Foto: Thinkstock/Getty Images
Pode dar comida?
A resposta para essa pergunta é simples: depende! A maior parte dos alimentos que os seres humanos consomem são industrializados e artificiais e, portanto, possuem teores elevados de sódio, gorduras e açúcares. Esses alimentos fazem, sim, mal para o seu animal. Porém, alguns médicos veterinários utilizam a alimentação natural para tratar doenças específicas de alguns animais. “Portanto, desde que essa dieta seja acompanhada por um veterinário que entenda do assunto, não há problema, pois ele irá indicar os alimentos que podem e os que não podem ser ingeridos por cada espécie e fará o balanceamento e a suplementação da dieta para cada situação“, explica a doutora.
O que não pode
Caso você queira alimentar o seu gato ou o seu cão apenas com alimentos naturais, é preciso fazê-lo com acompanhamento de um especialista. Ainda assim, alguns itens são extremamente perigosos para os bichos.
– Alimentos industrializados, enlatados e embutidos, pois envolvem muito sódio, açúcar, gordura, aditivos e conservantes;
– Pães, bolachas e massas, pois possuem grandes quantidades de carboidratos;
– Cebola, uva, carambola, chocolate e alimentos gordurosos, pois podem ser extremamente tóxicos;
– Peixe cru, pois também é tóxico.
Muitas pessoas fornecem aos seus animais arroz sem tempero. Esse alimento não faz mal, mas não é o suficiente para oferecer uma dieta proporcional. “É necessário um balanço entre proteínas, carboidratos, gorduras e fibras. Balanço esse que não existe somente no arroz. Misturar o arroz na ração, por outro lado, torna o alimento mais calórico e mais rico em carboidratos, visto que a ração já tem os níveis adequados de cada grupo nutricional“, enfatiza Janaína.
A alimentação ideal
O tipo de alimentação ideal para o seu cão ou gato deve ser escolhida com base na idade, no estado nutricional, no estado de saúde, no tamanho e no estilo de vida dele. Existem inúmeras marcas e tipos de ração no mercado, que variam também em sua qualidade. “Prefira sempre rações que tenham a expressão ‘superpremium’ na embalagem, pois são produzidas com ingredientes de melhor qualidade e que são mais aproveitadas pelo organismo“, alerta a veterinária. Já quando optar por uma alimentação natural, procure um veterinário especializado para se informar sobre quantidade e ingredientes. “Os gatos, por si só, são extremamente peculiares no que diz respeito às suas necessidades nutricionais, pois precisam da carne para sua sobrevivência, a qual obtém nas rações comerciais. Portanto, nesse caso, é preciso atenção redobrada“, finaliza Janaína.
Consultoria:
Janaína Biotto, médica veterinária e diretora do Vila Chico Pet Hotel (www.vilachicopethotel.com.br)
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