Nathalia Dill fala sobre a vilã Silvia, de “Joia Rara”

A atriz garante fala sobre a frieza e o desejo de vingança da personagem

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Nathalia Dill fala sobre a vilã Silvia, de “Joia Rara”

Foto: João Cotta/TV Globo

Segundo a própria Nathalia Dill, o que move a personagem Sílvia, de “Joia Rara”, é a vingança. A atriz se prepara para viver a vilã da nova novela das seis, e garante que a única coisa boa que Sílvia tem é o amor pelo pai. “Ela tem um amor forte pelo pai e só. Esse, aliás, é o único lado dela, até agora, em que se vê alguma sensibilidade”.

Movida por tanto desejo de vingança, Sílvia se aproxima da família Hauser para conseguir pôr seu plano em prática. Para Nathalia, o tema é interessante de ser exposto na novela, mas complicado de viver no dia a dia. “É difícil, ou você perdoa e se perdoa ou usa sua vida inteira para aquilo”. Confira a entrevista da atriz:

Em que você tem se inspirado para viver a vilã Sílvia de Joia Rara?
Estou vendo muitos filmes antigos e com personagens de mulheres fortes. E também outros filmes para me basear no período em que se passa a história. Basicamente, é isso.

Qual a maior motivação dela para ser vilã na trama?
Ela tem um amor enorme pelo pai. Esse, aliás, é o único lado dela, até agora, em que se vê alguma sensibilidade. O que ela quer é destruir o Ernest e a família Hauser porque foi ele quem fez o pai dela ser preso e perder tudo. Então, não mede esforços para isso, não tem compaixão por nada.

Mas ela se perde em algum momento? Algo pode amenizar essa sede de vingança?
Acho que, no final, ela pode ter alguma redenção. Tem um lance com o Viktor, personagem do Rafael Cardoso, que é filho do Ernest. Mas isso é mais para o final. Ela tem um amor forte pelo pai e só.

Essa vingança é muito longa, ela passa mais de dez anos na casa do Ernest. Algo mais faz ela querer ser parte daquela família?
Ela não gosta de estar ali, é pura vingança. Ela tem uma preguiça da Pérola! Nos capítulos que a gente leu, ela está chegando na casa. Mas depois, passam-se os anos e ele mostra que não tem muita vontade de estar ali. É só a sede de vingança mesmo. Para o Franz, ela finge que é atenciosa. Mas ela quer acabar com aquela família, acabar com qualquer felicidade do Ernest.

Vingança é um tema que tem estado muito presente nos últimos folhetins. Como lida com isso?
Acho incrível. A vingança sempre está de alguma forma nos folhetins, é verdade. O que eu acho lindo é que existe o amor ali pelo pai. Vingança também é algo complicado de você levar até o final porque, afinal, como vai curar um pai que já morreu e foi injustiçado? É difícil, ou você perdoa e se perdoa ou usa sua vida inteira para aquilo.

Ela acaba estabelecendo uma parceria com o personagem do Carmo Dalla Vecchia. É pura questão de oportunidade ou existe algum sentimento ou atração ali?
Eles são reféns um do outro, não se escolheram. Cada um tem o rabo preso com o outro e a vida levou-os a se unir. Se um pisar na bola, o outro denuncia e vice-versa. Não é uma aliança de afinidade ou carinho, mas de circunstância mesmo.

Nathalia Dill fala sobre a vilã Silvia, de “Joia Rara”

Foto: Reprodução/Facebook Joia Rara

Fisicamente, você fez alguma coisa para a personagem?
Mudei mais no cabelo. Tentei malhar um pouco e deixá-la mais forte, com um tônus diferente. Mas não deu muito certo, tenho dificuldade. A ideia era que ela fosse mais forte para dar uma ideia de energia e uma postura diferente.

Você já teve um laboratório como vilã quando fez “Malhação”…
Sim, mas é outra coisa. Achei que ia ser moleza em Joia Rara, mas é outra energia. É uma personagem mais densa e madura. É um outro registro, de época também. Isso dificulta porque não posso dar trejeitos naturais. A Débora não era fria e focada como é a Sílvia. A Sílvia só tem emoção com assuntos relacionados ao pai. É racional e calculista o tempo todo.

Essa motivação de filha que quer vingar o pai facilita sua construção?
Acho que fica mais fácil para o público entender. Para mim, ela nem é uma vilã do jeito que estão taxando. O que é legal ali é que a Sílvia é uma vilã que está contra outro vilão. Quem é o pior ou o melhor ali? Será fácil definir isso? Mocinhos aqui são muito nítidos, mas nossos vilões estão um em cima do outro. Essa novela, nesse sentido, foge muito do tradicional.

Você precisou fazer algum tipo de laboratório para esse papel?
Como a Sílvia aprendeu com o pai a fazer jóias, estou fazendo aulas de desenho de jóias, vendo um pouco do panorama da época. Foi a direção que propôs. Fazemos eu e Ícaro Silva, porque ele desenha também na história.

A novela aborda o universo budista e você já fez outras novelas que mexiam com tramas religiosas. Que religião você segue?
Eu não tenho religião, mas acredito em todas. E falo sinceramente. Já fiz novela que abordava o catolicismo e aprendi a rezar, participei de outra com temática espírita, agora essa tem um núcleo budista, olha, estou passando por todas as religiões!

A novela fala de uma luta de classes e vivemos hoje um período em que a população contesta o poder público nas ruas. Você é uma pessoa engajada nesses movimentos?

Eu já fui engajada e estou muito feliz com essas manifestações. Temos de começar a falar. Não sou a favor de quebra-quebra, mas tem de ir para a rua. É claro que ir para a rua tem suas consequências, mas não ir pode ser muito pior. Não questionar e deixar as coisas acontecendo é pior. A novela veio falar dessa parte do comunismo, de quando acaba a guerra. A minha personagem não tem muito a ver com isso, mas acho bem interessante abordarem.

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